Nas Notícias

Sinais de autismo em crianças: O que ter em atenção?

Como perceber se uma criança é autista ou não?

Autismo é uma expressão que se ouve muito mas você sabe exatamente o que é o autismo? Sabe quais são os sinais nas crianças que devem despertar a sua atenção para uma avaliação médica especializada? Ajudamos a compreender os sinais que servem de alerta. Veja quais os sinais de autismo nas crianças que deve ter em atenção.

A Harvard Medical School define o autismo, ou tecnicamente as Perturbações do Espetro do Autismo (PEA), como sendo uma “perturbação” que afeta a “comunicação e a interação social, podendo gerar interesses e atividades fora do padrão normal”. E por isso é importante que cada vez mais se preste atenção ao autismo para que se torne cada vez mais confortável a vivência das pessoas e de quem as rodeia.

Antes de estar atentos aos sinais é importante saber o que é o autismo. Falar dele de forma natural é um caminho importante para se o entender.

O autismo está relacionado com o funcionamento neurológico em particular de cada pessoa que sofre desta situação, mas especialistas na matéria têm procurado padrões e traços comuns para que possam compreender melhor o autismo. E então determinam que o autismo, ainda que com diferenças que possam existir entre pessoas, se caracteriza por um relacionamento e comunicação diferente daquilo que seria natural numa criança.

Sinais de autismo em crianças

Os sinais de autismo em crianças podem ser detetados quando se presta uma particular atenção ao tipo de relação ou linguagem da mesma.

Geralmente são sinais de alerta situações como:

A criança não realiza quando tipo de comunicação não verbal ou contacto visual quando se comunica com ela. A criança não sorri, não olha nos olhos nem presta atenção ao que outros fazem.

Outro dos sinais é de que a criança não responde a estímulos comunicacionais quando é questionada ou desafiada a falar, optando por isolar-se no ‘seu’ mundo, não interagindo também com outras crianças para brincar, por exemplo.

Estar atento ao comportamento das crianças para perceber se é necessário ativar o alerta do autismo junto de um especialista é perceber se, por exemplo, a criança executa comportamentos repetitivos. A criança procura ter as coisas sempre alinhadas? Anda em bicos de pés? Repete sempre os mesmos gestos? Esses são também sinais de alerta, tal como não gostar de contacto físico.

Não existe cura, mas alguns métodos de intervenção psicopedagógica têm tido resultados positivos

Uma criança com possível diagnóstico de autismo também poderá não ter uma noite de sono tranquila. Ou seja, poderá ter um sono instável, acordar frequentemente e ter até problemas em adormecer.

As birras também comuns nas crianças podem, se tiverem associados comportamentos agressivos, ser um sinal que deve despertar a atenção dos familiares para uma eventual situação de autismo que apenas poderá ser diagnosticada por um médico especialista.

É fundamental perceber que as perturbações do autismo podem ter várias causas e você deve reunir informações e dados para que o médico possa fazer a sua avaliação através da observação.

Riscos de autismo aumentam quando a mãe é obesa ou diabética

Sabia que a obesidade e a diabetes na mãe, durante a gestação, podem aumentar os riscos dos seus filhos sofrerem de autismo, conclui um estudo publicada na revista Pediatrics?

“Os riscos de autismo começam logo no útero”, realçou Daniele Fallin, coautora da pesquisa.

Combater o estigma

É fundamental também que o tema do austimo seja tratado de forma natural para que as pessoas que sofrem desta perturbação tenham uma vida digna como todos os outros, até porque o autismo não é uma doença.

Compreenda o autismo e as pessoas que o enfrentam e procure ajudar no seu caminho, sempre respeitando que no mundo todos são diferentes de todos, não existindo pessoas iguais.

Por isso, não se devem tratar as pessoas com diagnostico de autismo como sendo diferentes só porque sim. São diferentes como todos e é essa diferença que faz do mundo um lugar plural e que deve ser acolhedor a todos.

Assim, é fundamental que as pessoas com diagnostico de autismo possam ser agregadas num todo ao qual também pertencem.

“Todas as pessoas são únicas”

“Todas as pessoas são únicas”, como destaca a associação Vencer o Autismo, que revela que em todo o mundo 1 por cento das pessoas possam sofrer com esta situação em diferentes países.

O autismo “afeta pessoas de todos os géneros, de todas as nacionalidades e origens culturais, religiosas e sociais”, destaca a associação Vencer o Autismo, que pretende ajudar as pessoas a terem as suas próprias escolhas e a viverem com isso de forma natural.

Estudos já divulgados realça quem se estima que o autismo afete uma em cada 68 crianças e para aumentar a consciencialização para o autismo, está determinado o dia 2 de abril como sendo o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2007.

A estimativa das Nações Unidas aponta para que mais de 70 milhões de pessoas sejam portadoras de autismo, que em países como o Brasil é mais comum do que a diabetes ou a sida.

De resto, é importante salientar ainda que o autismo é algo que continua a ser frequentemente estudado e avaliado.

Monica Zilbovicius, psiquiatra e diretora de pesquisa no Instituto de Pesquisa Médica (Inserm), de Paris, destaca que “não podemos falar de um gene do autismo”.

“Existem vários mecanismos etiológicos. O mais frequente é a causa genética, mas existem mais de mil genes implicados no autismo atualmente.”

A médica determina ainda que para se diagnosticar alguém como autista é necessário estabelecer bem uma regra de ouro.

“Para ser diagnosticado como autismo, esse problema deve estar presente nos primeiros 3 anos de vida”.

Em destaque

Subir