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Cavaco sem “a mínima dúvida” de que acordo PSD-Chega nos Açores é melhor do que PS no poder

Em entrevista ao Observador, o ex-chefe de Estado revelou que não tem “a mínima dúvida” de que o acordo entre o Chega e o PSD nos Açores é melhor do que a governação socialista.

Cavaco Silva concedeu uma entrevista ao jornal Observador, onde abordou a atualidade política, em particular o acordo aceite por Rui Rio, nos Açores, com o partido de André Ventura.

Para o ex-Presidente da República e antigo primeiro-ministro, esta solução é melhor do que a permanência do PS no poder, naquele arquipélago. “Não tenho a mínima dúvida”, diz o ex-Presidente da República.

“Não tenho a mínima dúvida. Esse foi o entendimento encontrado pelo líder social-democrata. Não quero criticá-lo por isso”, disse Cavaco.

Noutra parte da entrevista, Cavaco Silva teceu críticas ao Governo, por ficado com 50 por cento da TAP, considerando que foi “um erro muito grande” e uma “jogada meramente politico-ideológica”.

“Eu avisei ao primeiro-ministro, quando isso foi feito, em 2016. Tudo começou aí. O erro está aí. Eu disse-o, disse-o claramente, quando, numa jogada meramente politico-ideológica, o Estado que tinha apenas 36 por cento, quis ficar com 50 por cento da TAP. Acho que foi um erro, não digo da mesma dimensão das 35 horas, mas foi um erro muito grande”, criticou Cavaco.

E precisamente sobre a reposição das 35 horas da administração pública, decidida em 2016, Cavaco sustenta que houve um ataque ao setor privado na área da saúde.

“O Governo fez um claro ataque à atuação privada, na área da medicina, e depois comete aquilo que considero o maior erro deste Governo: a redução do horário semanal de trabalho de 40 para 35 horas. Redução que foi responsável em boa parte pela degradação da qualidade dos serviços de Saúde”, lamentou.

Num olhar à atuação do executivo de António Costa sobre o combate à pandemia, Cavaco mostra-se menos crítico, ainda que “aqui e acolá” esteja em desacordo com o Governo.

O ex-Presidente da República considera que “temos de aceitar os dramas que atingem boa parte da população”, em particular “o número de mortes”.

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