Economia

Centros comerciais querem antecipar reabertura em duas semanas

A reabertura das lojas nos centros comerciais deve ocorrer já na próxima segunda-feira e não a 1 de junho, como indicado no plano de confinamento, defendeu a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC).

Em comunicado, a APCC destacou o “contributo fundamental para a retoma” económica que iria ser obtido com a antecipação em duas semanas da reabertura das lojas, nomeadamente as de comércio não alimentar e de restauração.

Insistindo que os centros comerciais estão “preparados para reabertura total das lojas” já na próxima segunda-feira, o presidente da APCC lembrou que estão em causa “mais de 100 mil postos de trabalho”.

“É importante que o Governo tenha em conta que as atividades que se mantêm impedidas de funcionar, nomeadamente as atividades do setor não alimentar e restauração para consumo de refeições no interior dos centros comerciais, são responsáveis por uma percentagem significativa das lojas dos centros comerciais e, por isso, têm um peso determinante na retoma da economia”, argumentou António Sampaio de Mattos.

A segurança de funcionários  e clientes será garantida com a supervisão “em permanência” das normas de “segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social” por equipas especializadas”,  acrescentou.

“Mesmo durante o estado de emergência, os centros comerciais mantiveram-se em funcionamento para garantir às populações o abastecimento de bens de primeira necessidade e os serviços considerados essenciais pelo Governo e continuam a fazê-lo também nesta primeira fase de retoma das atividades económicas”, acrescentou ainda a APCC.

A mesma entidade apresentou à  Direcção-Geral da Saúde (DGS) e ao Governo um guia de boas-práticas para a operação em centros comerciais.

“Este documento será atualizado sempre que se justifique e servirá de ‘check-list’ aos gestores dos centros, apoiando-os no enquadramento dessas medidas nos seus planos de operação”, refere, salientando a importância de os cidadãos “terem confiança e tranquilidade absolutas no uso dos espaços, com a certeza de que são cumpridas todas as regras de segurança sanitária decorrentes da lei, as recomendações da DGS e as melhores práticas promovidas pela indústria dos Centros Comerciais a nível global”, insistiu a APCC.

O Plano de Desconfinamento apresentado em 30 de abril pelo Governo estabeleceu a retoma da atividade, a partir de 04 de maio, do comércio local, designadamente das lojas com porta aberta para a rua até 200 metros quadrados, cabeleireiros, manicures e similares, livrarias e comércio automóvel, independentemente da área.

A partir de 18 de maio será a vez das lojas com porta aberta para a rua até 400 metros quadrados ou partes de lojas até 400 metros quadrados (ou maiores por decisão da autarquia), bem como os restaurantes, cafés e pastelarias/esplanadas.

Em 01 de junho, é a vez das lojas com área superior a 400 metros quadrados ou inseridas em centros comerciais retomarem a sua atividade.

De forma a mitigar a propagação da pandemia de covid-19, o Governo impôs diversas condições para a abertura do comércio e restauração, nomeadamente o uso obrigatório de máscara nas lojas e a sua abertura apenas a partir das 10:00.

No segmento de cabeleireiros e similares, o atendimento é feito “por marcação e condições específicas”, enquanto no caso dos restaurantes o limite da lotação é de 50%, com “funcionamento até às 23:00” e com condições específicas.Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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