Vídeo: China constrói hospital em 10 dias para travar surto de coronavírus
A China quer travar o surto da nova estirpe de coronavírus em Wuhan, antes que se torne numa epidemia, e vai construir um hospital com mil camas em apenas dez dias.
A obra arrancou hoje, numa área de 25 mil metros quadrados, e será inaugurada a 3 de fevereiro.
É uma resposta brutal a uma emergência que está a preocupar seriamente a China e até o continente asiático, sendo já olhada com receio pelo resto do mundo.
A nova estirpe, 2019-nCoV, começou a ser transmitida aos humanos por cobras, mas já se provou que é possível o contágio entre humanos.
Foram já reportados casos em mais de sete países asiáticos.
Os dados mais recentes apontavam para 26 vítimas mortais e mais de 800 pessoas infetadas.
Este novo hospital em Wuhan, cidade com 13 milhões de habitantes e que tem mais dois grandes hospitais, vai servir para tratar unicamente os casos de coronavírus, isolando os pacientes numa tentativa de travar o surto.
Há três cidades em isolamento, de entre 25 onde foram detetados casos.
A China nomeou também uma comissão, composta por 14 especialistas, cuja missão é investigar a doença, de forma a tornar o combate ainda mais efetivo.
A doença começa por manifestar-se através de dores de cabeça e enxaquecas, nariz entupido, tosse, dores de garganta e dores musculares.
Evolui depois para febres acima dos 38 graus centígrados e dificuldades em respirar, dando origem, nos casos mais graves, a uma pneumonia.
Todas as mortes associadas a esta estirpe do coronavírus ocorreram devido a uma infeção generalizada (septicémia).
O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Chinês, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais.
Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de 3000 milhões de viagens internas neste período.
Na quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) optou por não declarar uma emergência internacional face ao surto de coronavírus detetado na cidade de Wuhan.
No entanto, reservou a possibilidade de reunir o comité no futuro para discutir novamente uma eventual emergência internacional, o que implicaria a implementação de medidas preventivas a nível global.
Os mais de 800 casos registados têm alimentado receios sobre uma potencial epidemia semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
Veja o vídeo.