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“Aguinha de rosas”, diz Ana Gomes sobre ‘raspanete’ de Santos Silva à China

O ‘raspanete’ que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, deu à China, ao afirmar que Portugal “espera e conta” que o gigante asiático cumpra a Lei Básica de Macau, mereceu um comentário irónico de Ana Gomes.

A ativista contra a corrupção, que foi eurodeputada eleita pelo PS, considerou que o colega de partido está apenas a fazer um ‘teatro’, uma vez que a China é a “nova dona” de Portugal, através de várias empresas que foi adquirindo, como a quase monopolista EDP.

“Aguinha de rosas para os novos donos de tudo isto refrescarem as mãozinhas…”, comentou Ana Gomes,no Twitter, a propósito das declarações de Santos Silva.

O ministro tinha dito que o Governo “espera” que a China cumpra “a liberdade de imprensa”, entre outras, depois de cinco jornalistas portugueses da TDM – Teledifusão de Macau terem apresentado a demissão, em resposta a uma diretiva, introduzida a 10 de março aos jornalistas da TDM, que os proibia de divulgar informações contrárias às políticas da China, instando-os a aderir ao “princípio do patriotismo” e do “amor a Macau”.

“Essa Lei Básica é muito clara na garantia da liberdade de imprensa e, portanto, da mesma forma que Portugal respeita escrupulosamente a Lei Básica em Macau, Portugal espera que a República Popular da China também respeite escrupulosamente a Lei Básica em Macau, designadamente, entre muitas outras áreas (…) em matéria de liberdade de imprensa”, disse Santos Silva.

A Lei Básica, firmada em 1999 pelos dois países, define a transferência da administração de Macau de Portugal para a China, estando em vigor por um período de 50 anos, ou seja, até 2049.

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