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Um ‘Dakar’ mais curto mas com novidades

Se é verdade que ‘nuvens negras’ pairaram sobre o Rali Dakar 2019, depois da Argentina, Chile e Bolívia terem deixado de fazer parte do percurso, a organização anuncia algumas novidades para a prova deste ano.

A ASO delineou uma 41ª edição mais curta e apenas disputada no Peru, mas o cenário sul-americano mantém-se e até tem mais dunas, aproximando a prova daquilo que era originalmente em África. Isto porque 70 por centro do percurso é disputado em areia.

Na próxima segunda-feira arranca um evento que só terminará a 17 de janeiro, com três zonas bem marcantes em termos de dificuldade; Pisco, San Juan Marcona e Arequipa-Tacna. Isto apesar de uma diminuição drástica da quilometragem e das etapas, pois passa das habituais 12 ou 14 para somente 10.

“Será o suficiente para os participantes”, afirma Étienne Lavigne, que é mais uma vez o Diretor da corrida, sublinhando: “O hábito é ter 5000 quilómetros de setores seletivos. Desta vez são 3000. Será um ‘Dakar’ fora do normal, já que física e tecnicamente é difícil, com quase só dunas”.

Embora o primeiro dia seja ainda para ‘apalpar terreno’, o segundo apresenta logo um cordão de dunas na zona de Pisco, onde os navegadores normalmente se guiam pelos sulcos deixados pelas motos e pelos quads que passam antes dos automóveis e dos camiões. A etapa maratona surge agora com a quarta e quinta especiais, antes da jornada de descanso em Arequipa. De referir também que a partida para a nona tirada será feita em grupo.

Obviamente que se a ASO conseguiu reunir 334 veículos, dos quais 126 são automóveis, a verdade é que o futuro do rali é ainda uma incógnita. Étienne Lavigne destaca esse facto, como a edição que tem mais concorrentes à partida desde 2015, com o regulamento a contemplar agora “uma segunda oportunidade” para os concorrentes que abandonem precocemente a prova.

“Este ano os carros, os camiões e os SSV que tenham este azar poderão reintegrar a corrida depois do dia de descanso, com uma competição paralela concorrendo numa classe à parte, ostentando um número de fundo laranja mas sem poder partir entre os 25 primeiros a largar para uma especial”, esclarece o diretor de prova.

Desportivamente aponta-se para o favoritismo da Toyota, com Nasser Al-Attiyah e Giniel de Villers, e da Mini X-Raid, com Stéphane Peterhansel, Carlos Sainz e Cyril Després, enquanto Sebastien Loeb surge aos comandos de um Peugeot 3008 DKR da PH Sport.

O rali inicia-se competitivamente na segunda-feira, 7 de janeiro, com uma etapa entre Lima e Pisco, numa extensão de 331 km, 84 dos quais em especial, e terminará no dia 17 de janeiro com uma tirada entre San Juan de Marcona e Pisco, numa extensão total de 576 quilómetros, dos quais 361 em especial.

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