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Terrorismo? Belgas preferem gatos fofos nas redes sociais e a polícia agradece

brussels lockdownAs operações policiais de ontem à noite em Bruxelas puseram os belgas a ver gatos fofos nas redes sociais e na internet. A polícia pediu para não serem reveladas informações sobre as operações antiterroristas e os belgas obedeceram com humor.

“Ameaças terroristas: belgas cobrem os seus rastos no Twitter com… gatos”, titulou o Le Soir, num resumo do que se passava.

Na origem de tudo isto esteve o apelo da polícia federal belga para que a comunicação social (em particular) e a população não divulgassem detalhes das operações policiais que estavam a decorrer em Bruxelas.

As autoridades temiam que a revelação desses detalhes pudesse comprometer o ‘lockdown’ da cidade.

Os principais jornais francófonos belgas (como o Le Soir, o L`Avenir e o L`Echo) acataram a recomendação, suspendendo temporariamente a cobertura noticiosa das operações e prometendo um balanço oficial para mais tarde.

Mas a resposta mais inesperada veio da população, que se ‘refugiou’ nas redes sociais a partilhar fotos fofas de gatos.

A hashtag #BrusselsLockdown, em vez de se referir à demarcação da zona da cidade onde decorriam as operações policiais, surgiu associada, no Twitter e no Facebook, a centenas de fotos de gatinhos fofos.

As imagens também refletiam o que se estava a passar, como a de um gato na rua a questionar quanto tempo mais teria de esperar pelo fim do ‘lockdown’.

Também houve gatos ‘políticos’, como um com um turbante e um cinto de explosivos (uma paródia aos bombistas do Estado Islâmico) e outro com óculos iguais aos do antigo líder da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pe.

O já citado Le Soir também foi satirizado, com a montagem de uma primeira página com um gato em manchete.

“Mantém a calma e ‘twita’ um gato”, titulou a agência espanhola Efe, num dos ‘takes’ mais reproduzidos pelos sites e blogues ontem à noite.

Hoje, Bruxelas continua em alerta máxima, dada a “ameaça séria e iminente” de ataques terroristas, como explicou Charles Michel, o primeiro-ministro belga.

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