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Rui Unas pede desculpa por publicação sobre as “asneiras” de Tomás Taveira

Rui Unas veio a público pedir desculpa por ter feito uma publicação nas redes sociais, que entretanto eliminou, a descrever Tomás Taveira como “um homem que não pode ser definido apenas pelas asneiras que faz na vida”.

A referência ao arquiteto, protagonista de um escândalo em 1989 por alegadamente ter filmado encontros com mulheres sem o conhecimento delas, surgiu dias depois da atriz Sofia Arruda ter denunciado que foi vítima de assédio por parte de “uma pessoa com poder” na televisão.

Muitos internautas criticaram Rui Unas por ‘promover’ as “asneiras” de Tomás Taveira num momento particularmente sensível, devido ao alerta feito por Sofia Arruda, e o humorista reconheceu ter errado, eliminando a publicação e pedindo desculpa pela mesma.

“É, de facto, complicado, e nunca conseguirei explicar completamente o que quis dizer. Mas uma foto, uma imagem, tem sempre uma mensagem. Se a mensagem é mal interpretada por muitos e até contrária aos teus princípios, o melhor é retratarmo-nos e, humildemente, corrigir. Creio que conhecem o suficiente para saberem em que lado da trincheira estou”, comentou Rui Unas, numa ‘story’ que publicou no Instagram.

Tomás Taveira, de 82 anos, foi o convidado de Rui Unas no podcast ‘Maluco Beleza’. Ao promover esse episódio nas redes sociais, com uma foto de ambos, o humorista descreveu o arquiteto como “um homem que não pode ser definido apenas pelas asneiras que faz na vida”, numa referência ao escândalo de 1989.

Nesse ano, um homem, cuja identidade permanece desconhecida, percorreu as redações a vender cassetes de vídeo com os encontros de Tomás Taveira, nos quais várias mulheres terão sido filmadas sem consentimento.

Algumas dessas mulheres pertenceriam à alta sociedade portuguesa, o que ajudou a dar dimensão ao escândalo, que cresceu ainda mais quando a polícia apreendeu a maior parte dos 20 mil exemplares da revista espanhola Interviù com imagens retiradas dessas cassetes de vídeo.

À data, várias publicações referiam que entre essas mulheres havia esposas de membros do Governo. Cavaco Silva, que era o primeiro-ministro, acabou por se ver forçado a reagir, criticando a “campanha preparada e dirigida contra membros do Governo português e as suas famílias”.

Tomás Taveira, cuja obra maior continua a ser o complexo das Amoreiras, em Lisboa, optou sempre por não comentar o escândalo, argumentando que o mesmo não era “relevante”. Do caso resultou o divórcio com Amarílis Cristina.

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