Economia

Proibição dos saldos representa “um desastre financeiro” para os lojistas

Proibição dos saldos imposta pelo Governo, em virtude da pandemia, gera revolta do setor e provoca um queda assinalável nas vendas. A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) apela ao Governo uma “revisão urgente das medidas impostas ao comércio, à restauração e aos cinemas”.

Um inquérito efetuado junto dos seus associados, que representam 3500 espaços comerciais e de restauração, revela que entre 26 de dezembro a 31 de dezembro de 2021 se verificou uma queda de 51,2% das vendas face ao período homólogo de 2019.

Este valor representa “um desastre financeiro” para as empresas que contavam com as vendas deste período para minorar os prejuízos do ano.

Estes números confirmam assim que esta medida se revelou “injusta e desadequada, sem efeitos na contenção pandémica e com prejuízos muito significativos”.

Para Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, “estes números vêm assim confirmar os piores receios relativamente ao impacto da proibição dos saldos”.

“As empresas mantiveram a sua estrutura de custos intacta, mas as receitas caíram a pique. Este período é especialmente importante para as empresas e consumidores e é fundamental que a medida de proibição dos saldos termine”, assinala.

proibição dos saldos

Ao mesmo tempo, a AMRR recorda “o esforço e investimento realizado para garantir condições de segurança e higiene nos seus espaços”, em particular nos centros comerciais.

Apelo ao Governo

Assim, a associação apela ao Governo para que, com efeitos imediatos, volte a permitir aos lojistas promoverem saldos.

Por outro lado, a AMRR compreende a limitação de entradas nos espaços, no rácio de 1 pessoas por 5 m2, entendendo que é a medida suficiente para evitar ajuntamentos.

“Aditar a essa medida a proibição de saldos representou um claro prejuízo para os consumidores e para a faturação nos espaços comerciais. E num período especialmente impactante nas contas anuais das empresas. Em particular num ano em que se encontraram encerradas durante cerca de 3 meses”, alega comunicado enviado ao PT Jornal.

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