Ciência

A missão europeia que procura vida em Marte tem contributo português

Portugal está a caminho de Marte. A ExoMars 2016, uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Roscosmos (Rússia), partiu hoje do cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão) e a bordo leva tecnologia concebida por uma empresa do Porto e outra de Coimbra.

A missão de exploração, cujo objetivo é procurar sinais de vida no ‘planeta vermelho’, inclui instrumentos cujo isolamento térmico foi assegurado pela HPS Portugal (do Porto), enquanto a Critical Software (Coimbra) desenvolveu uma ferramenta para monitorizar o funcionamento do satélite a bordo do Proton-M, o foguetão russo que dá ‘boleia’ até Marte.

O satélite Trace Gas Orbiter (TGO) deve separar-se do Proton-M cerca de dez horas e meia após a descolagem, que ocorreu por volta das 9h31, e prosseguirá viagem com a energia que recolher através dos painéis solares.

A 16 de outubro, de acordo com o programa da missão, o TGO entrará na órbita de Marte, podendo então ‘libertar’ o Schiaparelli, o módulo de exploração que vai ‘amartar’ três dias depois.

Esta é a primeira das duas missões previstas pela ExoMars, uma iniciativa conjunta da ESA e da Roscosmos.

Em 2018, um veículo robotizado deverá explorar a superfície de Marte, também para procurar marcadores biológicos, os quais provam que há ou houve vida no planeta.

Tal como nesta ExoMars 1, a missão ExoMars 2 terá contributos de empresas e investigadores portugueses, no âmbito de um consórcio que reúne empresas de mais de 20 países.

Refira-se que a Schiaparelli vai pousar num ponto da superfície de Marte que foi estudado, a nível térmico, pela Active Spaces Technologies, de Coimbra.

O módulo foi baptizado em honra a Giovanni Virginio Schiaparelli (1835-1910), o astrónomo italiano que criou um mapa de Marte, com mares e continentes.

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