“Podem chamar-me louca, mas não perdi a esperança”, diz mãe de Rui Pedro
Filomena Teixeira garante que não perdeu a esperança de voltar a encontrar o filho, Rui Pedro, que desapareceu em Lousada a 4 de março de 1998.
No dia em que se completam 23 anos desde o desaparecimento de Rui Pedro Teixeira Mendonça, que tinha 11 anos, a mãe dá uma entrevista a Manuel Luís Goucha para reafirmar a confiança num reencontro com o filho.
“Tenho aqui uma medalha que diz que a esperança nunca morre. Podem chamar-me louca, mas eu ainda não perdi a esperança”, diz Filomena Teixeira, no vídeo de apresentação da entrevista, divulgado nas contas de Goucha nas redes sociais.
O caso Rui Pedro continua a ser um dos mais mediáticos das últimas duas décadas. A investigação formal foi encerrada em 2019, quando declarada a morte presumida de Rui Pedro, transcorridos 20 anos sobre o desaparecimento.
O menino de 11 anos desapareceu na tarde de 4 de março de 1998. Rui Pedro tinha pedido para ir passar a tarde com o “amigo” Afonso Dias, que tinha então 22 anos. A mãe negou-lhe permissão, mandando-o ir brincar para a rua, junto à casa, em Lousada.
Nos anos posteriores, a polícia recebeu várias denúncias de avistamentos. As autoridades admitiram as hipóteses de rapto, escravidão, homicídio e suicídio. As “falhas gravíssimas” nas investigações levaram os pais de Rui Pedro a iniciar um processo contra o Estado Português, através do advogado Ricardo Sá Fernandes.
Em novembro de 2011, Afonso Dias começou a ser julgado pelo sequestro, sendo condenado a três anos de prisão, a 3 de outubro de 2014. A pena, que começou a ser cumprida a 18 de março de 2015, foi reduzida por bom comportamento para dois anos, com Afonso Dias a sair em liberdade a 29 de março de 2017.
A entrevista a Filomena Teixeira será emitida esta tarde, no programa ‘Goucha’, na TVI.