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Passos Coelho deixou “sentimento de orfandade”, diz Carlos Abreu Amorim

Carlos Abreu Amorim, figura proeminente do PSD no tempo da liderança de Pedro Passos Coelho, elogiou o “sinal de esperança” que Rui Rio deu ao partido ao escolher Carlos Moedas como candidato à Câmara de Lisboa.

Carlos Moedas destacou-se no Governo de Passos Coelho como interlocutor com a troika, numa altura em que Carlos Abreu Amorim era um dos principais deputados do PSD. Crítico de Rui Rio, Carlos Abreu Amorim viu nesta decisão que o presidente quer “fazer a diferença” face à forma como vinha conduzindo o partido.

“Veio-me à memória… Há um ano, estava em Lisboa a assistir à apresentação de um livro escrito por Carlos Moedas e apresentado por Passos Coelho. Curiosamente, não estava lá Rui Rio, nem nenhum membro da atual direção do PSD”, lembrou.

Entre críticas a Rui Rio, Carlos Abreu Amorim foi deixando elogios a Passos Coelho pela forma como, na altura, uniu a direita.

“O primeiro objetivo é vencer o projeto socialista, primeiro nas autárquicas e depois nas legislativas, mas para isso é preciso agregar as diferentes sensibilidades à direita do PS. Rui Rio não foi capaz de agregar o seu próprio partido. Nem teve vontade”, acusou.

Daí que, à direita do PS, o ex-deputado do PSD encontre “uma sensação de alguma orfandade”, nomeadamente o desejo do regresso de Passos Coelho à política.

“Passos Coelho nunca perdeu umas eleições nacionais gerais, ganhou-as sempre, mesmo em condições extremamente desfavoráveis. Não sei se vai voltar, se tem vontade de o fazer, o que sei é que é natural que muita gente entenda que é preciso unir a direita e fazer oposição ao PS”, sustentou.

“O PS está razoavelmente sozinho no palco político. Essa mensagem de esperança que veio com a escolha de Carlos Moedas é por se perceber que desta vez vai haver oposição”, reforçou o ex-deputado social-democrata.

Em declarações na TVI24, Carlos Abreu Amorim disse não saber “o que é o Passismo”, mas não poupou nos elogios ao antigo primeiro-ministro.

“Passos Coelho não pertence ao passado, ao contrário do que tem sido dito, e faz parte da boa história de Portugal. Esteve ao leme deste país numa altura dificílima, numa crise em que Portugal esteve constantemente a um passo muito curto da bancarrota. Venceu essa missão que outros recusaram com êxito, contra tudo e contra quase todos”, finalizou.

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