O filme ‘11 minutos’, do realizador polaco Jerzy Skolimowski, foi o melhor do Lisbon & Estoril Film Festival (LEFF) deste ano. A organização distinguiu a película que a Polónia candidata ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e que já esteve nomeado para o Leão de Ouro de Veneza.
Em ‘11 minutos’, Jerzy Skolimowski regressou à sétima arte depois de 17 anos de dedicação à pintura.
O realizador de ‘Moonlighting’ (1982) e ‘Quatro noites com Anna’ (2008), diz a organização do LEFF, não perdeu o jeito para contar histórias sobre pessoas e relações vulneráveis como quem escreve contos morais.
O filme segue 11 minutos da vida de oito pessoas, todas moradoras na capital polaca (Varsóvia), que espelham o vazio e a solidão da sociedade moderna.
É com esta obra, que esteve nomeada para o Leão de Ouro no Festival Internacional de Veneza deste ano, que a Polónia vai tentar conquistar o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
‘Chant d’hiver’, do georgiano Otar Iosseliani, recebeu o prémio especial do júri João Bénard da Costa.
Este filme, que participou no Festival de Locarno, é uma por um elegante bloco de apartamentos de Paris, entre o passado e o futuro.
‘The Childhood of a leader’, a primeira longa-metragem do norte-americano Brady Corbet, recebeu o prémio Revelação, pela forma como abordou a experiência de infância de muitos dos ditadores do século passado.
Na história, um jovem americano que vive em França e cujo pai trabalhou para o Governo dos EUA na elaboração do Tratado de Versalhes depara-se com a ascensão do fascismo.
Um outro polaco, Piotr Zlotorowicz, arrecadou o prémio para a Melhor Curta-Metragem, com ‘Mother Earth’, um conto sobre o conflito entre as expectativas de um pai e a força e sensibilidade do filho.
‘Marasmo’, de Gonçalo Loureiro, recebeu uma menção honrosa nesta categoria.
A atriz Sabine Azéma, o matemático Cédric Villani, a realizadora Jessica Hausner, o fotógrafo Andrei Tarkovsky, o arquiteto Pedro Gadanho e o pianista Itamar Golan formaram o júrio do LEFF deste ano.