“É bom saber o que está em causa nos milhares de perfis falsos criados pelo partido de André Ventura”
A deputada bloquista Joana Mortágua acusou o Chega de criar “milhares de perfis falsos” nas redes sociais para promover ‘fake news’, dando como exemplo a tese do “marxismo cultural”.
Num artigo de opinião publicado pelo I, Joana Mortágua reagiu às “aldrabices” da “estratégia política da direita ultra-conservadora”.
“É bom saber o que está em causa nos milhares de perfis falsos criados pelo partido de André Ventura e nas mentiras difundidas todos os dias por sites da extrema direita”, considerou a deputada bloquista, salientando a importância da “demarcação” face “às mentiras de manipulação pública”.
Como exemplo, Joana Mortágua citou um historiador que chegou a ser um dos quadros mais prestigiados do PSD, Pacheco Pereira, após uma semana em que “uma meia dúzia de políticos portugueses utilizou a expressão ‘marxismo cultural'”.
“No artigo a propósito da ignorância de Nuno Melo, Pacheco Pereira foi eficaz a explicar porque é que marxismo cultural não passa de uma importação barata da propaganda da extrema-direita”, sustentou.
“O agora badalado ‘marxismo cultural’ é ‘fake news’. Não existe”, continuou Joana Mortágua, explicando que “o objetivo desta teoria da conspiração é conseguir que ideias como igualdade de género, liberdade de orientação sexual, anti-racismo, deixem de ser consideradas como valores democráticos universais e passem a ser vistas como imposição ‘cultural’ de um complô esquerdista”.
De acordo com a deputada bloquista, o primeiro passo para combater as ‘fake news’ passa pela identificação dos “responsáveis políticos que recorrem a elas”, pelo que, no caso dos “perfis falsos” do Chega, a responsabilidade maior recai sobre André Ventura, concluiu.