Economia

Restauração pede IVA “neutral” de seis por cento

A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) apelou ao Governo para descer o IVA da alimentação para os seis por cento, uma “taxa neutral”.

Em causa está a “fraca procura” que resultou do confinamento, com muitas pessoas a manterem os hábitos de cozinhar em casa.

“Se os portugueses vão aos mercados e grandes superfícies e compram produtos alimentares para cozinhar em casa a uma determinada taxa, por que razão é que têm de pagar uma taxa mais elevada se esses produtos forem cozinhados numa outra cozinha?”, questionou a APHORT, em comunicado.

De acordo com a associação, o setor da restauração está “anémico” e regista “uma procura mais fraca do que seria expectável”.

“A associação considera que esta seria uma medida decisiva para estimular o mercado, de forma imediata, e para ajudar a restabelecer a tesouraria destes estabelecimentos”, reforçou a APHORT, precisando que a descida da taxa do IVA deverá “incidir exclusivamente sobre os alimentos, não devendo ser aplicada às bebidas”.

“Perante a situação frágil em que o setor da restauração se encontra, agravada, entre outros aspetos, pelos receios da população em frequentar espaços fechados e pela inexistência de turistas, a APHORT pede uma intervenção imediata do Governo na aprovação de medidas que estimulem a reconstrução do mercado e que ajudem a restituir a confiança aos consumidores e às empresas, tendo já apresentado um conjunto de propostas nesse sentido”, referiu ainda a organização.

O estado “anémico” da restauração é resultado direto do confinamento, o qual “veio demonstrar que a cozinha dos restaurantes é também a cozinha da casa dos portugueses”, pois “foram muitas as pessoas que em casa, confinadas ou em teletrabalho, decidiram recorrer aos restaurantes para fazer as suas refeições, dando inclusivamente um forte sinal para que estes estabelecimentos passassem a encarar o ‘take-away’ como uma nova área de negócio”.

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