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“Detenção de Bruno de Carvalho não seria permitida no Salazarismo”, diz advogado

O advogado de Bruno de Carvalho considera que a detenção do ex-presidente do Sporting é “bizarra” e “não seria permitida no Salazarismo”. Em declarações à RTP, José Preto sublinha que este procedimento judicial ocorre fora de um âmbito de flagrante delito e lembra ainda que o seu cliente compareceu no DIAP, no mês passado, para se colocar à disposição da Justiça.

José Preto, advogado de Bruno de Carvalho, comentou a detenção de Bruno de Carvalho, que ocorreu neste domingo.

Em declarações à RTP, o causídico classificou a diligência de “bizarra” e condenou o dia e a hora em que a procuradora geral da República determina a detenção, que “não seria permitida no Salazarismo”.

“A detenção fora de flagrante faz-se para garantir a presença das pessoas em diligências. Ora, há duas semanas compareci com Bruno de Carvalho no DIAP dizendo que ‘se querem alguma coisa de mim, aqui estou eu. Se precisarem de mim estou à disposição’”, afirmou à estação pública.

O advogado não encontra indícios de perigo de fuga, ou de uma “não comparência voluntária a qualquer diligência”, por parte de Bruno de Carvalho.

Bruno de Carvalho foi detido pelas 17h45 e levado para o tribunal do Barreiro para interrogatório sobre os acontecimentos na Academia de Alcochete (a 15 de maio, um grupo de adeptos do Sporting invadiu a Academia do clube, em Alcochete, tendo agredido alguns jogadores).

Também o  líder da Juve Leo foi detido pelo DIAP de Lisboa, em colaboração com a GNR.

Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, não esteve presente no ataque a 15 de maio, mas é suspeito de ter ordenado a coordenar o mesmo.

Em outubro, recorde-se, as suspeitas do eventual envolvimento de Bruno de Carvalho subiram de tom, depois do oficial sportinguista de ligação aos adeptos ter confirmado que avisou pessoalmente André Geraldes sobre a ida da claque à Academia.

Nessa semana, Bruno de Carvalho apresentou-se no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), voluntariamente, para prestar declarações sobre o caso.

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