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Uma centena de pessoas exigem em Lisboa rapidez na integração dos precários

Cerca de uma centena de pessoas concentraram-se hoje em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa, para exigir rapidez na integração de precários na função pública.

Em representação dos formadores do IEFP, Rui Brejo explicou que o processo de regularização dos trabalhadores precários do Estado “já ultrapassou todos os prazos e mais alguns”.

“A própria Lei (112/2017) dizia que os concursos [de colocação] deveriam ter sido abertos ao fim de 30 dias. Neste momento, ainda estamos à espera das respostas das comissões há quase um ano”, disse aquele trabalhador precário.

Rui Brejo salientou “o paradoxo de ser precário num instituto público que promove o emprego e o trabalho”.

“Apenas queremos que seja cumprido o que está na lei, independentemente das complexidades”, frisou ainda.

Ao lado, Manuel Fernandes, precário a trabalhar no programa Erasmus, manifestou a mesma opinião, realçando que o processo está a avançar de forma “demasiado lenta”.

“Há uma intenção por parte da tutela de que o processo esteja encerrado até 31 de dezembro, mas nenhum de nós recebeu qualquer tipo de informação das comissões de avaliação. Tudo isto é uma nuvem que gera ansiedade em cada um dos colaboradores”, disse Manuel Fernandes.

Este trabalhador precário considerou que “existe uma expetativa legítima de todos estes precários de se tornarem funcionários públicos”.

“Já desempenhamos as tarefas – alguns há mais de 20 anos – e somos avaliados. Então porque é somos funcionários de segunda!”.

Por vezes debaixo de chuva, os precários exibiram faixas com inscrições como “Integração de todos os formadores do IEFP já!” e “100 por cento dos formadores do IEFP são precários. Cumpra-se a lei!”.

Também mostraram uma faixa com a cara do ministro da tutela, Vieira da Silva, na qual se podia ler “a lei é para cumprir”.

Outros precários mostraram cartazes a dizer “ninguém fica para trás”, “o Governo não pode ser cúmplice” e “Vieira faz-me um contrato”.

No decorrer do protesto, vários representantes dos manifestantes vão fazer intervenções num pequeno palanque montado em frente ao ministério, na Praça de Londres, onde se situa o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Um protesto idêntico está a decorrer na cidade do Porto.

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