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Bolsonaro diz que não pretende prorrogar intervenção federal no Rio de Janeiro

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, disse hoje à imprensa que não pretende prorrogar a intervenção federal na segurança pública do estado brasileiro do Rio de Janeiro quando assumir a Presidência, no início de 2019.

“Eu, quando assumir, não prorrogarei. Se quiserem falar no Decreto de Garantia da Lei e da Ordem, eu irei depender do Parlamento para assinar”, afirmou Bolsonaro, após participar num evento militar em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.

A intervenção no Rio de Janeiro teve início em fevereiro deste ano e tem previsão de encerramento no próximo dia 31 de dezembro.

O Presidente eleito reiterou ainda a necessidade de uma retaguarda jurídica para os agentes de segurança: “Não posso admitir que um integrante das Forças Armadas, da Polícia Militar, Polícia Federal, entre outros, após cumprimento da missão, respondam a um processo”, declarou, citado pelo jornal Estadão.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), durante a intervenção federal, o número de pessoas mortas por agentes da polícia tem vindo a crescer no Estado do Rio. No mês de outubro, foram registadas 127 ocorrências, um aumento de 30 por cento em relação ao mesmo mês de 2017.

Em nove meses de intervenção, o número de mortes decorrentes da ação policial já vai em 1.151.

O recém-eleito governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou, no início do corrente mês, que a medida correta para combater a criminalidade no Estado é matar os “bandidos que estejam de arma”.

“O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro”, afirmou à imprensa brasileira o governador eleito, que é também ex-juiz federal.

Com um discurso apoiado no combate à corrupção e ao tráfico de drogas, além da promessa de promover o desenvolvimento económico, Wilson Witzel, do Partido Social Cristão (PSC), reafirmou que os polícias que matarem os criminosos portadores de arma não devem ser responsabilizados “em hipótese alguma”.

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