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Apoio a Governo PS contraria “40 anos do PCP”, diz Constança Cunha e Sá

Para uma comentadora da TVI, Jerónimo de Sousa é “a grande surpresa pós-eleitoral”. Constança Cunha e Sá afirmou que coube ao líder comunista “desencadear este processo” ao apoiar um Governo do PS. “Jerónimo de Sousa rompeu com 40 anos de prática do PCP”, destacou.

Nem Passos Coelho, o mais votado, nem António Costa, quem tem mais apoio entre os deputados: para Constança Cunha e Sá, o grande vencedor do atual quadro político é Jerónimo de Sousa.

A comentadora da TVI24 elogiou o líder comunista por “romper com 40 anos de prática do PCP” ao admitir viabilizar um Governo do PS.

“Jerónimo de Sousa revelou-se em todo este processo a surpresa pós-eleitoral. Foi Jerónimo de Sousa, embora Catarina Martins tivesse sugerido a António Costa três propostas de trabalho, a verdade é que António Costa nessa altura recusou e é de certa forma Jerónimo de Sousa que desencadeia este processo”, recordou.

Para a comentadora da 21.ª Hora (TVI24), a abertura do PCP a viabilizar uma maioria de esquerda é mais surpreendente do que ter um Presidente da República obrigado a indigitar um primeiro-ministro de direita sem apoio parlamentar ou um primeiro-ministro de esquerda que havia sido o grande derrotado das eleições.

“Na primeira reunião que teve com António Costa mostrou uma total disponibilidade para apoiar o Governo do Partido Socialista e criou um movimento que obrigou o PS a não poder recusar isto (e também com vontade de querer) e obrigou também o Bloco de Esquerda a acompanhar”, sublinhou Constança Cunha e Sá.

A confirmar-se uma maioria de esquerda e, seja agora ou daqui a meses, um Governo do PS (com ou sem Bloco), o mérito pertence por exclusivo ao líder comunista, segundo a comentadora: “Não é tanto o acordo, mas sim a forma como Jerónimo de Sousa rompeu com 40 anos de prática do Partido Comunista, de facto é uma rotura ali no PC, de uma forma surpreendente”.

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