Ciência

Hitler abusou das anfetaminas e as tropas nazis também, revela livro polémico

Não há uma explicação racional para o horror que foi o nazismo, mas um autor alemão tornou-se polémico ao sugerir um regime viciado em drogas. De acordo com Norman Ohler, Hitler e as tropas estavam sempre sob o efeito de Pertivin, um medicamento à base de anfetaminas.

A controversa teoria é a base de ‘The Total Rush: Drugs in the Third Reich’, um livro que refere um sistemático recurso a drogas na Alemanha nazi durante a II Guerra Mundial.

O autor, Norman Ohler, consultou arquivos médicos e históricos e concluiu que Adolf Hitler, o infame ditador que proclamava a ‘raça limpa’ ariana, estaria viciado em Pertivin, um narcótico que é considerado o precursor dos cristais de anfetaminas.

Na base de todo este esquema estaria o médico Theodor Morrell, conhecido então nos corredores do poder como ‘o mestre injetor do Reich’.

Durante a conquista da França, em maio de 1940 (vídeo), mais de 35 milhões de soldados e burocratas nazis estariam viciados em anfetaminas, refere o livro.

Enquanto a propaganda defendia a abstinência a bebidas alcoólicas e ao tabaco, para manter mente e corpo limpos e saudáveis, o alto comando nazi inundava as fileiras com Pertivin, em especial durante as operações de ‘blitzkrieg’, a famosa guerra-relâmpago.

Com o consumo de anfetaminas, os soldados mantinham-se despertos por mais tempo, dormiam menos e também comiam menos (o que aliviava as redes de abastecimento, em especial nas frentes mais distantes da Alemanha).

De acordo com os registos históricos, entre 1939 e 1945 foram administrados mais de 200 milhões de comprimidos às tropas nazis.

“Este livro vai mudar a forma como aceitamos a história da II Guerra Mundial”, antecipa Hans Mommsen, um dos mais conceituados historiadores alemães.

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