Nas Notícias

“Sem Assunção Cristas, CDS não tem hipótese de liderar coligação com PSD”

José Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS, criticou o partido por não ter lançado Assunção Cristas como cabeça de lista à Câmara de Lisboa numa coligação com o PSD.

Dias depois de Cristas ter anunciado que não está disponível para concorrer nas autárquicas deste ano, deixando também críticas ao CDS, Ribeiro e Castro lembrou o histórico eleitoral em Lisboa para defender que a ex-presidente era a única hipótese para os centristas liderarem essa coligação com o PSD.

“Sem Assunção Cristas a cabeça de lista, o CDS, salvo alguma carta fora do baralho, não tem hipótese de aspirar a liderar a coligação, como as regras formais ditariam”, frisou José Ribeiro e Castro.

Nas autárquicas de 2017, Cristas obteve “resultados extraordinários em Lisboa”, com 20,6 por cento dos votos. Muitos anos antes, em 2001, um outro presidente do CDS, Paulo Portas, tinha ficado pelos 7,6 por cento. “Nas legislativas de 2019, que ditaram a saída da líder, Lisboa deu 5,9 por cento ao CDS, quase um quinto do PSD”, acrescentou Ribeiro e Castro, num artigo de opinião publicado pelo Diário de Notícias.

O partido tinha tudo a ganhar em apoiar a antiga líder, forçando o PSD à posição minoritária na coligação, ao contrário do que tem acontecido em praticamente todas as eleições. “Não é boa ideia querer repetir a dose”, concluiu o ex-presidente centrista.

Assunção Cristas anunciou que não seria candidata nas eleições autárquicas de 2021 por entender que o CDS a considera “responsável pela degradação do partido“.

Em destaque

Subir