Motociclismo

Fausto Mota e o Rali Dakar: “Ficarei satisfeito se conseguir manter o Top 30”

Fausto Mota é um dos ‘mosqueteiros’ portugueses que abordam a 42ª edição do Rali Dakar aos comandos das motos, agora com mais experiência e determinado a concluir um evento que se mudou de ‘armas e bagagens’ para a Arábia Saudita.

Para o piloto do Marco de Canaveses foi importante abordar a prova ‘rainha’ do todo-o-terreno mundial com todas as condições para a concluir com sucesso.

Montar o projeto para o Rali Dakar foi mais uma vez a ‘dor de cabeça’, por via da questão financeira adjacente, mas Fausto sublinha: “Tenho a sorte de ter comigo e, há já vários anos, pessoas que me apoiam e empresas que patrocinam o projeto pelo que nesse aspeto, neste momento tenho essa situação mais controlada”.

Já a preparação para esta participação foi mais ‘pacífica’, com participações dentro e fora de ‘portas’. “Durante o ano tento disputar o maior número de provas que me for possível. Quero estar ao meu mais alto nível quando chegar o Dakar, por isso a aposta passa por tentar disputar provas com características distintas”, explica.

Além disso houve o fator motivador dos resultados: “Consegui o pódio do MX Euronations que se disputou este ano na Holanda. Foi o terceiro pódio consecutivo na prova. Depois, já em setembro corri no Panafrica Rally, em Marrocos onde consegui conquistar um lugar no TOP 10. Ainda fiz a Baja Portalegre e cumpri o Campeonato Nacional de Rally Raid 2019, que conclui com um quarto lugar”.

Mas a questão física não foi colocada de lado, apesar dos organizadores do Rali Dakar frisarem que a edição 2020 não é tão exigente sob esse ponto de vista e mais em termos de navegação. “Fora das competições também procuro apostar na preparação física. Faço bastante bicicleta e algum treino de ginásio”, observa o piloto marcoense.

Olhando para trás fica o passado do ‘Dakar’ na América do Sul, sendo que Fausto Mota leva como melhor recordação “poder acabar a edição 2019 com um lugar no top 30”, pois foi a sua “quarta participação” e o seu melhor resultado num Dakar. “O pior momento para mim, foi encontrar, na última etapa, o David Megre bastante magoado”, sublinha.

Para a prova que se inicia no dia 5 de janeiro a meta do piloto duriense em termos de resultado é realista: “Para a edição 2020 o objetivo é o mesmo que o ano passado. Ficarei bastante satisfeito se conseguir manter o Top 30. Se conseguir fazer um melhor resultado será perfeito, mas para mim e ao lado de nomes tão fortes como os que disputam habitualmente no Rali Dakar, esta já será uma boa meta a atingir”.

Fausto Mota considera que pode não ter a estrutura de os pilotos de fábrica possuem, mas tem uma noção das suas qualidades, sendo que a sua maior qualidade maior não é propriamente o ritmo de corrida. “Desde que comecei nas corridas que sinto que o meu ponto forte sempre foi a navegação”, destaca.

Do percurso que vai encontrar na Arábia Saudita o piloto do Marco de Canaveses espera uma prova algo diferente daquela que se tinha na América do Sul: “Este Dakar vai ser, na minha opinião, mais uma aventura com terreno parecido ao que encontramos nas provas que se disputam em África. As novas regras aplicadas ao roadbook e à etapa maratona vão baixar a velocidade média e penso que assim, vamos estar todos mais parecidos, muito juntos. Este ano acho que não vai ganhar o mais rápido”.

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