Economia

Wall Street encerra em alta, investidores agradados com eventual descida de taxa

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores agradados novamente com declarações do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, que abriram a porta a uma descida de taxas de juro, apesar de indicadores económicos mitigados.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,82 por cento, para os 25.539,57 pontos, e o tecnológico Nasdaq avançou 0,64 por cento, para as 7.575,48 unidades.

O alargado S&P500 subiu 0,82 por cento, para os 2.826,15 pontos.

“Os investidores continuam a reagir aos comentários de Jerome Powell que, ao afirmar hoje que a Fed estava pronta a agir (para manter o crescimento económico), assinalou claramente que a Fed não ia deixar a economia escorregar para a recessão, que estava pronta para descer as taxas” de juro, comentou Alan Skrainka, da Cornerstone Wealth Management.

Segundo o instrumento FedWatch da plataforma bolsista CME, os investidores estimam agora em 58 por cento a probabilidade de a Fed reduzir as taxas de juro a partir de julho.

Esta possível descida das taxas seria precipitada, segundo vários observadores do mercado, pelas consequências da guerra comercial que opõe a China e os EUA, bem como pelas ameaças de Donald Trump de impor taxas alfandegárias ao México.

Os investidores estão dominados pela preocupação, mais a mais depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revisto em baixa a sua previsão de crescimento da economia da China, que tem sido o motor de crescimento da economia internacional.

A economia asiática está em “fase delicada” devido ao aumento das tensões comerciais, sublinhou o FMI, exortando os países do G20 a manter as taxas de juro em níveis baixos para apoiar a economia.

Por outro lado, o Banco Mundial desceu hoje as suas previsões de crescimento da economia mundial para este ano, dos 2,9 por cento, que tinha avançado em janeiro, para 2,6 por cento.

Este quadro relativamente negativo da economia internacional foi completado hoje pelos números de criação de emprego no setor privado nos EUA, que caíram para 27 mil em maio, uma forte queda dos 271 mil do mês anterior, segundo os números do inquérito do gabinete ADP.

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