Desporto

Um fosso na Liga. Falaram em direitos televisivos?

futebol_4Com a vitória do Benfica nesta segunda-feira, fica praticamente encerrada a primeira volta do campeonato. O jogo que resta não vai alterar esta realidade: 11 pontos de diferença entre o pior dos grandes e o quarto classificado.

A primeira volta do campeonato chega ao fim com uma evidência: há os grandes e os outros.

São “três grandes” e não há nada de novo nessa realidade. Benfica, FC Porto e Sporting terão sempre esse estatuto, que os diferencia dos restantes clubes.

Mas há algo novo na edição 2015/16 do principal escalão. O habitual ‘intruso’ ou ‘intrusos’ que se misturavam nesta luta estão a léguas de distância.

Com a vitória de hoje do Benfica diante do Nacional (1-4), fica praticamente encerrada a primeira volta. Resta apenas o Paços de Ferreira-Vitória de Setúbal, mas independentemente deste resultado a seguinte realidade não se altera.

O pior classificado dos três grandes – o FC Porto, com 40 pontos, os mesmos que o Benfica – está a 11 pontos do melhor classificado dos ditos ‘pequenos’. O Sporting lidera com 44 pontos e está ainda mais afastado do quarto, o Sporting de Braga, que tem 29 pontos.

É um sinal de gigantismo dos grandes à escala nacional. Um sinal que surge numa altura em que os contratos milionários dos direitos televisivos ameaçam acentuar estas divergências.

Será mera coincidência, mas é, ao mesmo tempo, um sinal dos tempos. Mesmo clubes que por tradição se aproximam dos grandes, pelo menos na primeira metade da liga, estão longe na tabela.

Vitória de Guimarães, Nacional, Marítimo, os históricos Académica, Boavista e Belenenses e os tradicionalmente atrevidos Paços de Ferreira, Rio Ave e Estoril não apresentam fôlego suficiente para acompanhar os candidatos ao título.

E é também curioso que até na cauda da tabela há factos dignos de realce. O último tem metade dos pontos do antepenúltimo. E o penúltimo, o Boavista, está já seis pontos abaixo da linha de água.

Em destaque

Subir