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Trinta e seis por cento do continente em seca severa e extrema, desagravamento no norte e centro

Trinta e seis por cento de Portugal continental estava no final de outubro em situação de seca severa e extrema, tendo-se registado um desagravamento na região do Norte e Centro, segundo o IPMA.

De acordo com índice meteorológico de seca (PDSI) disponível no ‘site’ do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de outubro houve um desagravamento da situação de seca meteorológica nas regiões do Norte e Centro e na região sul mantinha-se a seca meteorológica.

O relatório indica que a 31 de outubro 33,5 por cento do continente estava em seca moderada, 31,9 por cento em seca severa, 17,5 por cento seca fraca, 6,8 por cento normal, 6 por cento em chuva fraca e 4,3 por cento em seca extrema.

No final de setembro, 48,4 por cento de Portugal continental estava em seca moderada, 32,7 por cento em seca severa, 15,4 por cento em seca fraca e 3,4 por cento em seca extrema.

O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.

A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.

Depois, à medida que o défice vai aumentando ao longo de dois, três meses, passa para uma seca agrícola, porque começa a haver deficiências ao nível da água no solo.

Se a situação se mantiver, evolui para seca hidrológica, quando começa a haver falta de água nas barragens. Existe também a seca socioeconómica, que é considerada quando já tem impacto na população.

Além do índice de seca, o resumo do Boletim Climatológico do IPMA, indica também que o mês de outubro se classificou como normal em relação à temperatura do ar e seco em relação à precipitação.

De acordo com o instituto, o valor médio da temperatura máxima do ar (22,42 graus Celsius) foi superior ao valor normal e o valor médio da mínima (11,08 graus) foi inferior ao normal.

O IPMA adianta também que o valor médio da quantidade de precipitação em outubro corresponde 81 por cento do valor normal mensal.

“De destacar que apesar do valor total mensal em Portugal continental ser inferior ao normal verificou-se uma forte variabilidade espacial da distribuição da precipitação”, é referido.

O instituto indica que os valores registados em grande parte do nordeste foram superiores ao normal e na região sul foram inferiores.

Durante o mês de outubro, verificou-se que até dia 12 não ocorreu precipitação no continente e a partir de dia 13 foram registados valores significativos nas regiões do litoral norte e centro, em particular nos dias 14 e 19.

O boletim do IPMA adianta também que no final do mês verificou-se um aumento dos valores de percentagem de água no solo relativamente a setembro, tendo sido mais significativo em alguns locais das regiões do norte e centro.

Nas regiões do noroeste os valores estão, segundo o IPMA, “muito próximos ou iguais à capacidade de campo”.

Nas regiões do Vale do Tejo, do Alentejo e Algarve os valores de percentagem de água no solo continuavam no final de outubro inferiores a 20 por cento.

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