Opinião

As 4 principais falhas éticas dos líderes que mais prejudicam os trabalhadores

A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial

Quando os líderes não assumem um comportamento ético, e nada fazem para retificar isso, os efeitos organizacionais podem ser terríveis.

Isto pode resultar numa diminuição do sentimento da moralidade da equipa, num menor sentido de comprometimento e numa reputação indesejável enquanto empresa que compactua com comportamentos antiéticos.

Na semana em que se assinala o Dia do Trabalhador, Rita Maria Nunes, Country Manager da The Alternative Board (TAB) Portugal, traz uma nova perspetiva à efeméride. E aponta os erros éticos que surgem com mais frequência entre os líderes empresariais e que mais impactam nos trabalhadores.

“Acredito que a maioria dos empresários considera adotar uma postura ética até porque, no que diz respeito à gestão do seu negócio, prezam acima de tudo a sua integridade. No entanto, mesmo o CEO ou líder mais cuidadoso pode, por vezes, ser vítima de erros de ética empresarial. É por isso muito importante ter consciência de que possíveis erros são estes, de modo a evitá-los ou, caso aconteçam, corrigi-los”, sublinha Rita Maria Nunes.

Os quatro erros de ética empresarial mais comuns são:

Falha em ser responsável

Algumas empresas lançam, inadvertidamente, as bases para uma conduta antiética quando não conseguem estabelecer mecanismos de responsabilização.

Os líderes eficazes compreendem que a responsabilidade começa no topo e que tal marca o tom para toda a organização.

Por seu turno, os líderes inseguros tendem a julgar depressa quando algo corre mal. São mais propensos a fazer acusações ou mesmo a demitir alguém para desviarem a culpa de si mesmos.

Tal é inútil e apenas serve para diminuir a confiança e a produtividade em toda a empresa.

Falta de consciência sobre assédio ou discriminação

Todos têm o direito de estar num local de trabalho livre de assédio ou discriminação.

Os líderes de negócios que permitem que ocorram incidentes de assédio sem consequências acabam por estabelecer uma premissa para um ambiente de trabalho indisciplinado e insustentável.

Todos os líderes de negócio devem ser responsáveis por fazer tudo o que estiver ao seu alcance para construir um ambiente de trabalho sem qualquer tipo de abuso verbal, físico ou sexual.

O “padrão de tolerância zero” é de importância crítica e deve ser aplicado de forma geral.

Ignorar reclamações ou relatos de comportamento adverso

Nenhuma organização pode prosperar por muito tempo quando permite que a negligência de mau comportamento continue.

A conduta antiética é, muitas vezes, como uma infeção. Isto é, quando outros colaboradores percebem que um infrator fica impune, o mais provável é que passem também, de algum modo, a infringir as regras. 

Caso haja necessidade de investigação, há que certificar-se de que a equipa responsável pelo inquérito chegue a uma conclusão. Muitas reclamações apresentadas aos departamentos de recursos humanos e noutros locais tendem a desaparecer ou ser ignoradas, sem que seja tomada qualquer ação clara em relação ao problema original.

Falha em conter as suas próprias emoções

Claro está que os líderes empresariais são humanos e, portanto, suscetíveis de ter uma resposta emocional perante as situações.

Mas é de extrema importância que saibam manter as emoções sob controlo, uma vez que as manifestações externas – especialmente de fúria, insegurança e medo – revelam débeis capacidades de liderança e uma potencial quebra no comportamento ético.

Em jeito de conclusão, Rita Maria Nunes cita uma importante frase de Andrew Gonzales, um Especialista em Mitigação de Riscos.

“Os líderes que optam por fazer a coisa certa face aos erros cometidos estabelecem as bases para o seu sucesso futuro” até porque que a liderança, sublinha, “não é definida pela ausência de erros, mas sim pela forma como os líderes lhes dão resposta”.

Sobre a Rita Maria Nunes

Rita Maria Nunes é filha e neta de empreendedores e tem, desde cedo, a profunda convicção de que quem muda o mundo são os empresários. Quis ser médica, mas a experiência académica na área da saúde não correu bem.

O mundo dos negócios e da gestão já estavam no seu ADN. E a prova disso é que, entre Lisboa e São Paulo, liderou vários projetos empresariais que vão desde o turismo, viagens e eventos, passando pelo imobiliário, franchising e consultoria.

É, desde 2021, Country Manager da The Alternative Board (TAB) em Portugal, uma organização internacional que está presente em mais de 20 países no mundo e em cinco continentes que junta CEO’s, empresários e líderes de equipas que prestam um conjunto de serviços de consultoria estratégica, bem como a formação de conselhos consultivos, para outros empresários.

A nível mundial, a TAB já apoiou mais de 25 mil empresários a melhorarem os seus negócios e as suas vidas.

Sobre a TAB Portugal

A The Alternative Board (TAB) é uma organização internacional, criada em 1993, que está presente em mais de 20 países no mundo. Ajuda empresários nos cinco continentes e marca presença igualmente em Portugal.

Junta CEO’s, empresários e líderes de equipas que prestam um conjunto de serviços de consultoria estratégica, bem como a formação de conselhos consultivos, para outros empresários.

Partilhando o seu expertise e know-how, proveniente de uma variedade de setores não concorrentes entre si, a TAB disponibiliza ainda sessões individuais de mentoria e coaching, aplica ferramentas estratégicas e disponibiliza uma plataforma de networking com conexões internacionais que conecta centenas de gestores com diferentes backgrounds.

A nível mundial, a TAB já apoiou mais de 25 mil empresários a melhorarem os seus negócios e as suas vidas.

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