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Taxa de desemprego no Brasil cai para 11,7% com contratações em período eleitoral

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,7 por cento no trimestre móvel encerrado em outubro, uma queda de 0,6 pontos percentuais face aos 12,3 por cento registados de maio a julho, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que a população com trabalho no país cresceu 1,4 por cento (1,2 milhões de pessoas), nesse período, totalizando 92,9 milhões de pessoas. Mesmo assim, ainda existiam 12,4 milhões de brasileiros à procura trabalho no período.

O IBGE frisou que o resultado foi puxado por contratações de empregados temporários no período eleitoral e entrada de mais pessoas no mercado informal, ou seja, que trabalham por conta própria sem contrato de trabalho.

“A desocupação vem em processo de queda e essa tendência é em função da entrada de pessoas trabalhando na informalidade. Os empregados com contrato de trabalho não dão nenhum sinal de aumentar”, explicou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

“O que aumentam são os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria”, acrescentou.

Segundo Cimar Azevedo, a queda do desemprego foi favorecida pelas eleições: “no grupo de Informação, estão as pessoas ocupadas nas pesquisas eleitorais e no grupo de outros serviços, os cabos eleitorais e todo o pessoal que trabalhou fazendo campanha para os candidatos”, frisou.

As pessoas que trabalharam nas eleições aumentaram o contingente de brasileiros subocupados por insuficiência de horas, que chegou a 7 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro, dado que indicou um aumento de 6,4 por cento (418 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior.

Em relação aos meses de agosto a outubro de 2017 esse indicador apresentou uma variação positiva de 10,5 por cento.

A taxa de desemprego no Brasil subiu significativamente devido à forte crise económica que atingiu o país entre 2015 e 2016, quando o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 7 pontos percentuais.

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