O caso do subcomissário que agrediu um adepto do Benfica na presença dos filhos, em Guimarães, deve ser tratado internamente, de acordo com a ministra da Administração Interna. “Não pode nem deve haver julgamentos na praça pública”, afirmou Anabela Rodrigues.

A ministra da Administração Interna quebrou ontem o silêncio sobre a polémica atuação do subcomissário da PSP de Guimarães, filmado a agredir à bastonada um adepto (e a esmurrar o pai do mesmo) na presença dos dois filhos menores da vítima, após o jogo que consagrou o Benfica como bicampeão nacional.

Embora Anabela Rodrigues tivesse participado numa conferência de imprensa sobre o problema dos migrantes que morrem a atravessar o Mediterrâneo, na sequência da XVI Conferência de Ministros do Interior dos Países do Mediterrâneo Ocidental (realizada ontem em Lisboa), o caso do polícia de Guimarães foi o que originou mais perguntas por parte dos jornalistas.

A estes, a governante respondeu com uma frase lacónica: “Não pode nem deve haver julgamentos na praça pública”.

A ministra anunciou que mandou abrir “dois inquéritos para apuramento de responsabilidades”, pois além do caso do subcomissário de Guimarães foram também registados incidentes no Marquês de Pombal, em Lisboa, quando os adeptos procuravam celebrar o título com a equipa, na noite de domingo.

Quer a PSP, quer o Ministério Público já tinham anunciado a abertura de um inquérito (disciplinar, no caso da força de segurança) ao agente envolvido no caso da agressão aos dois adeptos em Guimarães.