Nas Notícias

Sócrates: “Ministério Público insiste na tese delirante da fortuna escondida”

José Sócrates voltou a criticar a “indignidade” do Ministério Público (MP), agora na sequência do arresto de propriedades vendidas pela mãe a Carlos Santos Silva. Para o arguido da Operação Marquês, estes arrestos são “um abuso de autoridade e uma violência gratuita sobre as pessoas e os seus direitos”.

A notícia foi confirmada no sábado pela Procuradoria-Geral da República: o MP mandou arrestar algumas propriedades por suspeita de lavagem de dinheiro. Em causa estão imóveis vendidos pela mãe de José Sócrates ao amigo Carlos Santos Silva, ou seja, a acusação acredita que Sócrates recebeu dinheiro pela suposta venda de imóveis que continuam seus.

 “Nunca foram, nem são, minha propriedade, como está amplamente provado no processo”, reagiu Sócrates, nas redes sociais, perante esta “notificação do MP através dos assessores de imprensa que prestam serviço no Expresso”, o jornal que revelou o caso.

“Ao fim de quatro anos, o Ministério Publico parece insistir na tese delirante de uma fortuna escondida”, reiterou o ex-primeiro-ministro, acusando o MP de “esconder do conhecimento público, de forma parcial e tendenciosa”, que nunca houve conta na Suíça em nome de José Sócrates.

“O mesmo se pode dizer dos prédios agora referidos”, continuou o arguido: “Os arrestos em causa não têm nenhum fundamento, nem justificação. Servem apenas para tentar disfarçar o enorme vazio deste processo. Servem para agredir, para ferir e para exibir despudoradamente o poder: faço, porque posso e sem mais explicações”.

“Quatro anos depois” de iniciada a Operação Marquês, “vir agora propor arrestos de bens só pode significar o que parece: um abuso de autoridade e uma violência gratuita sobre as pessoas e os seus direitos”, concluiu José Sócrates.

Em destaque

Subir