País

Sem tradução em mandarim, caso dos vistos Gold é adiado… pela terceira vez

Carlos Alexandre não pode deliberar se os arguidos do caso dos vistos Gold vão ou não a julgamento. Pela terceira vez, o juiz de instrução teve de adiar a decisão instrutória: agora, falta traduzir um documento para mandarim.

De acordo com uma fonte do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), citada sem identificação pela agência Lusa, a decisão instrutória, agendada para sexta-feira, terá de ser adiada devido à falta dessa tradução.

Ainda não há data para o juiz Carlos Alexandre dar a conhecer se os 17 arguidos enfrentam ou não o julgamento.

É a terceira vez que a decisão instrutória é adiada. O resultado devia ter sido revelado a 8 de abril e, depois desse primeiro adiamento, também provocado por problemas ao nível da tradução para mandarim, foi então remarcado para dia 22 de abril, a próxima sexta-feira.

O Ministério Público (MP) defendeu, no debate instrutório (a 15 de março), que todos os 17 arguidos devem ir a julgamento pelo alegado envolvimento num caso que abala “os alicerces do aparelho de Estado”.

“Não são as armas de fogo e as especiarias que se mercadejaram aqui”, argumentou a procuradora Susana Figueiredo: “O que se mercadejou aqui são os alicerces do aparelho de Estado ao mais alto nível”.

Em causa estão as suspeitas dos crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência, no âmbito da emissão os vistos Gold.

Entre os 17 arguidos encontram-se o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, o antigo presidente do Instituto de Registos e Notariado António Figueiredo, o ex-diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Manuel Jarmela Palos e a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes.

Em destaque

Subir