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Pai e madrasta de Valentina trocam acusações sobre o homicídio da menina

Sandro e Márcia, o pai e a madrasta de Valentina, a menina de 9 anos morta em maio de 2020, trocaram acusações sobre a autoria do homicídio, na primeira sessão do julgamento, no Tribunal de Leiria.

Sandro confessou ter dado “umas palmadas” à filha, mas negou ter-lhe batido com uma colher de pau. Pouco depois, acusou Márcia de ter levado Valentina para a banheira com água quente.

“Ouvi-a aos gritos e a Márcia já estava com a Valentina na água quente”, contou, acrescentando que nada fez para ajudar a filha. “Eu tentei, mas tinha muito respeito pela Márcia”, explicou-se.

O pai de Valentina afirmou ainda que carregou o corpo da menina para o carro, deitando-o no banco de trás, com a madrasta a conduzir até uma zona de mato, onde Bernardo voltou a pegar no corpo da filha.

O casal combinou então dar Valentina como desaparecida. Questionado sobre a ocultação do cadáver, Sandro respondeu: “Na altura, não pensei”.

Márcia prestou declarações de seguida e acusou o pai de Valentina. “Bateu-lhe com muita força, quando eu tentei impedir ele empurrava-me e dizia-me que a filha era dele”, disse.

“Bateu-lhe nas pernas, rabo, em vários locais… tentei proteger a Valentina”, acrescentou a madrasta, referindo que foi Sandro quem torturou a menina com água quente. “Tentava tirar-lhe o chuveiro da mão”, garantiu: “A menina estava com medo”.

Questionada porque não pediu ajuda, Márcia respondeu que foi ameaçada por Sandro, tendo receado que este fizesse mal aos seus filhos. “Dizia que ia ser preso, fiz tudo o que ele me mandou fazer”, reforçou.

A primeira sessão do julgamento continua a decorrer, esta tarde, no Tribunal de Leiria. Sandro e Márcia respondem por homicídio qualificado e profanação de cadáver.

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