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Sorteio que deu Operação Marquês ao juiz Carlos Alexandre vai ser investigado

A distribuição do processo da Operação Marquês ao juiz Carlos Alexandre, em setembro de 2014, vai ser investigada, depois do juiz que agora tutela o processo, Ivo Rosa, ter anunciado que extraiu uma certidão para enviar à Procuradoria-Geral da República.

De acordo com o juiz Ivo Rosa, é preciso apurar se houve violação do princípio do juiz natural ou juiz legal, como foi alegado por José Sócrates e Armando Vara. Os dois arguidos contestaram a distribuição eletrónica do processo (tendo sido sorteado o juiz Carlos Alexandre), ao invés da distribuição manual.

Ao ler a decisão instrutória do processo Operação Marquês, o juiz Ivo Rosa revelou ainda que considerou os dados obtidos no inquérito por Carlos Alexandre, que pediu informação ao Banco de Portugal sobre a regularização de dívidas ou capital, como nulidade insanável.

O processo Operação Marquês cumpre hoje um novo capítulo, com a leitura da decisão instrutória, que vai indicar se o ex-primeiro-ministro José Sócrates,  o arguido mais mediático, terá ou não de responder em tribunal.

No processo estão outras figuras públicas, como Ricardo Salgado (ex-presidente do BES), Armando Vara (ex-ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósito), Zeinal Bava e Henrique Granadeiro (ex-líderes da PT) e Carlos Santos Silva (que o Ministério Público acusa ser o testa-de-ferro de José Sócrates).

A fase de instrução começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal.

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