Economia

Salário mínimo de 650 euros “não é razoável”, defende patrão do turismo

O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) recusa um aumento do salário mínimo nacional para os 650 euros, como exigiu a CGTP, garantindo que o mesmo “não é razoável”.

Francisco Calheiros fez as contas e, numa entrevista ao Eco, lembrou que a inflação tem estado “praticamente nula”, pelo que passar dos 580 euros do salário mínimo nacional em vigor diretamente para os 650 euros representa”um aumento de 13 ou 14 por cento”.

“Estamos a falar de um aumento de 70 euros”, lembrou o dirigente da CTP.

“O que se está a pôr em cima da mesa não é razoável”, frisou.

Admitindo que “os salários em Portugal são baixos”, Francisco Calheiros não apresentou uma solução para alterar essa “realidade”, antes frisando que, no que cabe ao turismo,  “há muito subsídio em cima”.

“O turismo, regra geral, trabalha sete dias por semana, 365 dias por ano, 24 horas por dia. Há subsídios de feriado, de domingo, de trabalho noturno…”

Tal representa uma diferença bem grande para, “por exemplo”, o setor das vendas, onde a “quantidade gigantesca de ordenados mínimos” é compensada pelas comissões, que “dobram, triplicam ou quadruplicam aquele ordenado”.

O presidente da CTP mostrou-se ainda preocupado com a intenção do Governo em rever a lei laboral, um “sinal errado” dos responsáveis políticos para os empresários.

“Quando se abre a caixa da legislação laboral, não podemos dizer que vamos atuar cirurgicamente aqui ou ali: A caixa está aberta”, concluiu.

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