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Rui Pinto recusa tirar a máscara de proteção para ser identificado

Criador do Football Leaks não retirou proteção máscara de proteção, durante o julgamento. Uma fotografia foi a forma encontrada para o identificar.

Durante a sessão do julgamento do processo Football Leaks, nesta quinta-feira, Rui Pinto não aceitou retirar a máscara de proteção, num momento em que a procuradora Marta Viegas solicitou ao réu para o fazer. 

Em causa estava a identificação de Rui Pinto, por parte de uma testemunha que prestava depoimento através de videoconferência. Tratava-se do senhorio do fundador do Football Leaks. 

Rui Pinto foi chamado ao centro da sala de audiências, tendo sido solicitado para que retirasse a máscara. Porém, o pedido foi rejeitado, uma vez que Rui Pinto considerou que não deveria fazê-lo, para respeitar as regras sanitárias determinadas pela Direção-Geral da Saúde, no âmbito da pandemia de covid-19. 

Perante este impasse, a solução passou por identificar o réu através da exibição de uma fotografia, ainda de acordo com aquele diário. Refira-se que o julgamento de Rui Pinto já teve de ser suspenso, em virtude de um caso de covid-19, diagnosticado num familiar de um juiz.

Ontem, antes deste episódio da máscara, Rui Pinto manifestara indignação pelo facto de estar em curso um julgamento com cerca de 30 pessoas na sala de audiência. Nas rede sociais, Rui Pinto criticou o Governo.

“Com a variante inglesa, 50 a 70 por cento mais contagiosa, a aumentar exponencialmente em Lisboa, temos julgamentos com cerca de 30 pessoas numa sala. Isto para não falar das escolas e transportes públicos lotados. Este Governo anda a brincar com coisas sérias”, escreveu o réu, nas redes sociais. 

Rui Pinto, de 32 anos, está acusado por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol e a Procuradoria-Geral da República, e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto. 

O criador do Football Leaks está em liberdade desde 7 de agosto, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária e ao seu “sentido crítico”. Por razões de segurança, foi colocado no programa de proteção de testemunhas e encontra-se sob proteção policial, em local que não é conhecido.

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