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Paga 50 mil euros para ficar sem pulseira eletrónica a falso Magistrado e depois vai à PJ queixar-se

Um Oficial de Justiça senta-se no banco dos réus por se ter feito passar por Magistrado e, alegadamente, ter burlado um homem que estava em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O detido terá pago uma verba a rondar os 50 mil euros ao homem que se fez passar por Magistrado no Tribunal de Braga.

Além deste o falso Procurador e do homem que tinha a pulseira eletrónica estão também na mira da Justiça outros dois homens que respondem pela suspeita de crimes de burla qualificada e corrupção ativa.

De acordo com o que conta o Jornal de Notícias (JN), tudo aconteceu há três anos, em fevereiro de 2020, quando um mecânico de profissão contou a um cliente da oficina a situação que se estava a passar.

Este cliente da oficina disponibilizou-se a falar com um empresário da noite de Braga que, por sua vez, teria contactos com um Procurador. E este poderia tentar reverter a medida de coação de permanência na habitação sob vigilância da pulseira eletrónica.

Ainda segundo o JN, o mecânico entregou duas tranches de dinheiro, uma no valor de 20 mil euros e outra de 30 para que a pulseira eletrónica lhe fosse retirada.

Demora na alteração da medida precipitou desconfianças

Com o passar do tempo, o homem preso em casa começou a desconfiar e foi então que através do intermediário falou com o dito ‘Magistrado’ que lhe explicou a demorada por conta da pandemia de covid-19.

O mecânico acabou por pedir a devolução do dinheiro mas apenas chegaram três mil dos 50 mil que o homem diz ter enviado para o ‘Magistrado’, que disse às autoridades desconhecer.

Como não recebeu o dinheiro, o preso com pulseira eletrónica apresentou queixa junto da Polícia Judiciária de Braga.

Ministério Público quer dinheiro dado como perdido a favor do Estado

O Ministério Público pede agora que o dinheiro enviado pelo mecânico seja dado como perdido a favor do Estado.

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