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“Quem critica o PS leva um par de patins”, diz Telmo Correia

O líder parlamentar do CDS, Telmo Correia, protagonizou a intervenção mais mediática no caso da não recondução do presidente do Tribunal de Contas (TdC), parafraseando uma expressão tornada célebre pelo socialista Jorge Coelho.

Foi em 2001, na resposta a uma crítica do bastonário da Ordem dos Advogados, que Jorge Coelho, então o homem forte do ‘aparelho’ socialista, afirmou publicamente que “quem se mete com o PS leva”.

Quase duas décadas depois, António Costa, primeiro-ministro de um Governo socialista, está a ser criticado pela inédita não recondução do presidente do TdC, um dos temas que está a marcar o debate parlamentar de hoje.

Após elogiar o “trabalho sério, útil e prestigiante” do ex-presidente do TdC, o primeiro a não ser reconduzido desde o 25 de Abril, Telmo Correia afirmou que “quem critica o PS leva um par de patins”.

O líder parlamentar do CDS aludia às críticas tecidas pelo TdC à proposta do Governo que altera regras das contratações públicas, com o deputado centrista a considerar tal proposta “um escândalo”.

“Não tenhamos a menor das dúvidas que o TdC, com todas as juízas conselheiras e juízes conselheiros que estavam em funções, estão em funções e continuarão, não deixará de continuar a exercer as suas funções e a dar os pareceres que entender dar sobre as matérias que entender”, reagiu António Costa.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, também já tinha confrontado o primeiro-ministro a propósito da não recondução de Vítor Caldeira.

“O Tribunal de Contas já existia antes do conselheiro Vítor Caldeira e vai existir depois”, começou por responder António Costa, citando depois uma expressão tornada famosa por Cavaco Silva, quando este era primeiro-ministro, ao declarar que o TdC “não é uma força de bloqueio”.

Inês Sousa Real, deputada do PAN, apontou a incoerência de António Costa, lembrando a recondução do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente.

“Só quando o critério não lhe convém é que afasta as pessoas”, acusou depois André Ventura, do Chega.

Nas reações, António Costa ia lembrando o acordo com o Presidente da República para a não recondução em cargos judiciais.

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