Economia

Quartos para arrendar: pandemia faz subir oferta e cair preços

Aumento da oferta nas principais cidades provocou descidas de preço em Lisboa e Porto. Arrendar quarto já não é só para estudantes.

A oferta de quartos para arrendar em casa partilhada em Portugal aumentou 32 por cento no último ano, segundo um estudo publicado pelo idealista, o marketplace imobiliário de Portugal.

O aumento da oferta de quartos provocou descidas nos preços em Lisboa no Porto, sendo a descida na capital de 4,2 por cento e na cidade Invicta de 2,4, face aos últimos 12 meses.

Os preços também baixaram em Aveiro (-6,3 por cento), Leiria (-4,1) e Setúbal (-0,4 por cento). Em Coimbra os preços dos quartos para arrendar mantêm-se inalterados em comparação ao último ano.

Por outro lado, os preços subiram em Faro, com um aumento de 5,4 pontos percentuais, e Braga, onde os preços subiram três por cento.

Apesar da descida, Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros em Portugal, onde os preços rondam os 356 euros mensais, seguida pelo Porto (292 euros por mês), Faro (306 euros por mês), Setúbal (286 euros por mês), Aveiro (250 euros por mês) e Braga (263 euros por mês).

Por outro lado, das cidades analisadas, as mais económicas para arrendar um quarto são Coimbra (203 euros por mês) e Leiria (205 euros por mês).

O perfil de quem partilha casa

Pessoas com 34 anos, que vivem no centro de grandes cidades e não fumam (apesar de tolerantes com quem fuma), marcam o perfil das pessoas que partilham casa em Portugal:

A idade média dos habitantes de uma casa partilhada varia em função da zona geográfica, sendo Setúbal a cidade com a média mais alta, rondando os 35 anos. Seguem-se Braga e Lisboa, com uma média de idades de 33 anos em ambas as cidades. Em Aveiro e Coimbra, a média é de 32 anos, seguidas por Leiria, Faro e Porto, com uma média de 31 anos nas três cidades.

O estudo mostra ainda que em 74 por cento das casas convivem ambos os sexos, enquanto em 20 por cento vivem apenas indivíduos do sexo feminino e seis por cento exclusivamente masculino.

Arrendar quarto já não é só para estudantes

Os dados publicados neste relatório revelam que o arrendamento de quartos deixou de ser uma opção habitacional apenas para estudantes, convertendo-se também na opção eleita por jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde.

A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa.

Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e de saírem da casa dos pais, uma tendência que deverá aumentar nos próximos anos.

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