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PS sem ‘assismo’: “Não tenciono guetizar-me”, garante Francisco Assis

francisco assisO eurodeputado Francisco Assis, crítico da liderança de Costa, revelou que não pretende desenvolver uma fação própria no PS. “Não tenciono guetizar-me”, afirmou o ex-líder parlamentar, contrariando a ‘promessa’ de Ricardo Gonçalves.

Não existe nem vai existir um ‘assismo’ no PS. Uma fação de apoio interno a Francisco Assis, crítico assumido da liderança de António Costa, foi agora negada pelo próprio Francisco Assis.

Após deixar o Hospital de São João (Porto), onde resolver um problema renal, o eurodeputado desdobrou-se em entrevistas para dizer o mesmo, ou seja, o contrário do que havia sido dito por Ricardo Gonçalves.

É então necessário recuar até ao último domingo, dia em que os dois candidatos não oficiais do PS a Belém não evitaram o triunfo à primeira de Marcelo Rebelo de Sousa.

Na sequência dos resultados das presidenciais, em especial o escasso resultado de Maria de Belém, Ricardo Gonçalves, um conhecido apoiante de Assis, adiantou ao Observador que o eurodeputado estaria a preparar a formação de uma ‘ala assista’ no PS.

“Este grupo continuará, de qualquer forma, a ter opiniões e a exprimi-las”, afirmou Ricardo Gonçalves, referindo-se aos críticos de António Costa que estiveram presentes no ‘jantar da Mealhada’, em Novembro passado: “Este é um movimento ideológico que não pode parar. Estas eleições dão-nos mais força”.

Mas “este grupo” não pode apoiar um ‘candidato’ que não existe, explicou ontem Francisco Assis, garantindo que não está a preparar um ‘assismo’ para disputar o próximo congresso nacional do PS, agendado para 4 e 5 de junho.

“As pessoas sabem o que penso”, uma oposição ao acordo à esquerda, “mas não tenciono guetizar-me”, assegurou Francisco Assis, ao Diário de Notícias.

“Não delineei nenhuma estratégia e nem tenho nenhuma perspectiva do que vou fazer em relação ao congresso”, acrescentou, ao Público.

“Nunca mais reuni com ninguém, como não defini o que vou fazer. Isso está em aberto”, salientou ainda, ao Observador.

Convém lembrar que, na segunda-feira, o próprio eurodeputado tinha adensado o mistério quanto aos próximos movimentos internos, num artigo de opinião publicado no Jornal de Notícias: “Quando passar o estado de ilusão que se instalou no Partido Socialista, haverá muito para discutir e alguma coisa para mudar”.

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