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PS foi “muito inábil” na gestão do caso Sócrates, diz candidato à liderança

Daniel Adrião, que vai concorrer contra António Costa pela liderança do PS, acusa a direção nacional dos socialistas de ter sido “muito inábil” na gestão dos casos Sócrates e Manuel Pinho.

O candidato a secretário-geral preparou o terreno para o Congresso (de 25 a 27 de maio) com um ataque direto ao outro candidato, António Costa, o atual secretário-geral do PS.

Com as recentes declarações sobre José Sócrates, António Costa contradisse-se, salientou o rival.

“Cai por terra a célebre declaração que fez a escola do PS nos últimos três anos, quando o próprio secretário-geral António Costa disse ‘à Justiça o que é da Justiça, à Política o que é da Política'”, lembrou Daniel Adrião.

Em declarações à TSF, o candidato a líder do PS lamentou que a polémica envolvendo Manuel Pinho tenha levado os socialistas a retomarem uma outra polémica da qual se tinham distanciado.

“O caso Manuel Pinho acabou por contaminar o processo Sócrates e a leitura política que o PS fez do processo de José Sócrates quando, até aqui, tinha conseguido efetivamente separar muito bem todo este processo”, sustentou.

Apontando José Sócrates como “uma figura marcante na história do PS”, o candidato à liderança avisou a equipa de António Costa de que o partido “não pode reescrever a sua história”.

“A direção nacional do partido foi muito inábil na gestão de todo este caso e, nos últimos dias, precipitou-se num conjunto de declarações irresponsáveis, que não têm de facto explicação racional”, argumentou.

“Não se compreende como é que, de um dia para o outro, uma série de dirigentes da primeira linha do Partido Socialista se multiplicam de forma concertada em declarações públicas infelizes sobre este caso”, concluiu Daniel Adrião.

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