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“É a chamada Justiça totoloto”, queixa-se Manuel Pinho

“Vai-se parar a um juiz e a decisão é uma, vai-se calhar a outro, a decisão é outra! É a chamada Justiça totoloto”, considerou Manuel Pinho.

O antigo ministro Manuel Pinho está em prisão domiciliária, no âmbito do processo EDP, mas assegura estar inocente.

Em entrevista ao Expresso, onde quebrou o silêncio, Manuel Pinho apelou ainda à “calma”.

“Vamos ter calma: se querem acusar, acusam, e na altura, dá-se uma resposta certa”, prometeu o antigo ministro da Economia, velando ainda críticas ao estado da Justiça em Portugal.

“Vai-se parar a um juiz e a decisão é uma, vai-se calhar a outro, a decisão é outra! É a chamada Justiça totoloto”, considerou Manuel Pinho.

O antigo ministro descartou ainda a possibilidade de fugir do país, deixando um pensamento em jeito de interrogação.

“Sabia há dez anos que estava a ser investigado e iria esperar pela última hora para fugir?”, questionou Manuel Pinho.

Por seu turno, o comentador da SIC, Marques Mendes, alerta para as “suspeitas de promiscuidade”.

E defendeu, em declarações à SIC, que se Manuel não dever explicações cabais, para evitar comparações com figuras da política em outros casos judiciais.

“Não é normal um ministro em funções estar a receber uma avença de um grupo privado. Isto gera uma suspeita de promiscuidade”, afirmou Marques Mendes.

O antigo líder social-democrata salientou ainda que Manuel Pinho deve explicações aos portugueses.

“Se não explicar, comporta-se como Sócrates”, defendeu Marques Mendes, antigo líder do PSD.

Da sua parte, recorde-se, Manuel Pinho já negou ter recebido “um euro do GES que não fosse devido”.

“Seria insuportável provar-se que favoreci a EDP”, acrescentou ainda o ex-governante.

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