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PS evita explicar secretismo da lei do financiamento dos partidos

Ana Catarina Mendes chamou os jornalistas para explicar a posição do PS sobre a lei do financiamento dos partidos, mas nas três perguntas que permitiu (repete-se, só permitiu três perguntas) evitou explicar a ausência de documentação por parte do grupo de trabalho.

As alterações à lei do financiamento dos partidos, que removeu os limites ao financiamento e permite a recuperação de todo o IVA pago, foram feitas por um grupo de trabalho informal sem que haja registo de atas, audições ou qualquer outra iniciativa de debate.

“A abrangência foi tal que apenas mereceu no final a votação contra do CDS e do PAN”, afirmou Ana Catarina Mendes, mantendo-se em silêncio sobre a ausência de documentação.

“Aqui dentro da Assembleia da República, os partidos políticos trabalharam, colocaram as propostas, discutiram as questões e ao longo de meses – não foi ontem –, o grupo de trabalho reuniu, houve dúvidas que foram colocadas”, insistiu a secretária-geral adjunta do PS.

Colocando o ónus em “todos os partidos”, Ana Catarina Mendes – que só permitiu três perguntas, após um discurso sobre o tema – não fez qualquer referência sobre a posição do PS.

Questionado sobre os litígios do próprio partido com as Finanças a propósito das deduções do IVA, a responsável assegurou, em nomes dos deputados socialistas, que “não fazemos leis à medida”.

“Foram propostas que visaram apenas e só clarificar algumas das fórmulas que suscitavam dúvidas”, afirmou Ana Catarina Mendes.

“Não fazemos leis à medida, são para beneficiar todos os partidos políticos e todos votaram favoravelmente, à exceção do CDS e do PAN”.

“O grupo de trabalho fez todos os possíveis para haver um consenso informal”, concluiu a responsável socialista.

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