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Quais são os países com os professores mais bem pagos do mundo? Confira o ranking

Lista faz parte do novo estudo da Preply, que comparou os salários,oportunidades de emprego e satisfação média dos profissionais em mais de 40 países.

Corrigir trabalhos e provas fora do expediente, se dividir entre aulas particulares e coletivas, mediar conflitos, promover atividades extracurriculares… que ser professor dá trabalho em qualquer lugar do mundo ninguém parece ter dúvidas.

Mas, afinal, quais países mais têm valorizado financeiramente seus profissionais de educação nos últimos anos? Ao que indica a nova pesquisa da plataforma de idiomas Preply, três deles: Canadá, Austrália e Nova Zelândia

Isso porque, considerando a média anual paga a professores em diferentes contextos — US$ 30.258 dólares —, os professores do Canadá ficam muito à frente dos demais, com um salário médio de US$ 70.331,06 (um aumento de 132% em relação à média).

Já os australianos têm a segunda remuneração mais generosa, recebendo em média US$ 54.022 por ano, o que os fazem superar por pouco a vizinha Nova Zelândia, que ocupa o terceiro lugar do pódio com US$ 52.698. 

A constatação acima, vale dizer, é apenas mais uma entre os diversos resultados do levantamento, que se debruçou sobre critérios tais quais o salário médio, taxa de satisfação e oportunidades de emprego em 42 países para avaliar em que lugares do mundo tais profissionais são mais felizes, satisfeitos financeiramente e rodeados por novas oportunidades.

Serviram de base para os rankings os dados mais atuais de órgãos estatísticos de grande relevância, como a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) e o Worldometer. 

Do Canadá a Suécia: os professores com as melhores médias salariais 

De forma geral, é possível dizer que o top 10 países com os professores mais bem remunerados conta com representantes de diversos continentes, o que demonstra como os salários mais interessantes não estão concentrados apenas em uma parte do mundo. 

Com Portugal de fora da lista, o grande destaque europeu vai, na verdade, para a Dinamarca, que encabeça a quarta posição da lista, à frente dos também promissores Singapura e Japão — que representam o continente asiático com as médias salariais respectivas de US$ 51,842 e US$ 49,356.

Por outro lado, quando o assunto se refere não aos valores brutos, mas à relação entre o que ganham tais profissionais e a média salarial de seus países, a lista sofre algumas alterações, aí sim com um novo pódio formado por Portugal, Canadá e Polônia — locais onde o salário anual médio supera em mais de 50% o que recebem no mesmo período o resto dos habitantes. 

Singapura, Emirados Árabes e Japão: as melhores oportunidades de emprego para professores 

Para calcular quantas oportunidades de trabalho os professores têm em cada país, o estudo levou em consideração o número de escolas por habitante e o volume e porcentagem da população com idade igual ou inferior a 19 anos. 

Em média, cerca de 23% da população geral tem 19 anos ou menos, embora alguns países possuam cidadãos significativamente mais jovens. Perto de 36% das pessoas de Israel têm 19 anos ou menos, por exemplo, percentual similar ao do Cazaquistão. Algo parecido ainda se aplica à África do Sul, onde 35% dos residentes têm 19 anos ou menos. 

Não é surpresa que países grandes, como é o caso do Brasil e os Estados Unidos, tenham o maior número total de escolas, mas Singapura é aquele com mais unidades por habitante (seis vezes mais do que a média do estudo). Outro polo internacional, os Emirados Árabes Unidos (EAU) ficaram em segundo lugar, e o Japão (apesar de sua população envelhecida) em terceiro lugar. 

Salário, oportunidades, satisfação: os melhores lugares do mundo para se lecionar

Se considerarmos apenas os fatores relacionados a salários e oportunidades de emprego, os países Austrália, Canadá e Países Baixos ocupam as primeiras posições do ranking de melhores países para professores. No entanto, o cenário é um pouco diferente quanto às taxas de felicidade e satisfação relatadas pelos profissionais: Canadá, México e Áustria são os respectivos vencedores.

Nesse sentido, não é surpresa que o Canadá, que se destaca entre os três primeiros países em ambas as avaliações, seja o melhor lugar do mundo para ensinar, seguido pela Austrália e Singapura (que fica em quinto lugar tanto em salários e oportunidades quanto em taxas de satisfação).

Educação por amor: onde estão os professores mais felizes

Boas oportunidades e empregos bem remunerados não são tudo — e avaliar a felicidade no trabalho é uma tarefa muito mais holística, dependendo do sistema educacional do país e de quanto a cultura local valoriza e respeita seus educadores.

Usando os dados mais recentes compilados pela pesquisa de ensino e aprendizagem da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em geral, canadenses, mexicanos e austríacos possuem os professores mais felizes e valorizados. Mas a história não é tão simples. Na verdade, existe uma diferença notável entre estar satisfeito de forma geral, com seu salário ou, ainda, valorizado na sociedade. 

No entanto, embora as taxas de satisfação sejam altas em todo o estudo, com uma média de 90%, apenas 30% dos professores pesquisados se sentem valorizados. No entanto, há três países onde quase 70% do corpo docente se sente apreciado: Singapura, Emirados Árabes Unidos e Coreia. 

Quanto à satisfação específica com a própria remuneração, à OECD, apenas 39% de todos os professores entrevistados relataram concordar com os valores recebidos por seus trabalhos. No Canadá, esse número sobe para a maioria, com 76%. Novamente, Singapura se destaca aqui, com 72%, seguido de perto pela Áustria, com uma pontuação de 70%.

Metodologia

Para atribuir uma pontuação a cada um dos 42 países, ao longo do estudo, essas foram as métricas analisadas em cada país: salário médio do professor e salário médio nacional (em dólar), número de escolas, população com 19 anos ou menos e população total.

A pesquisa também usou dados de pesquisas para avaliar como os professores se sentiam valorizados em seus países, o quão satisfeitos estavam com seus empregos e os níveis de satisfação com seus salários.

As fontes consultadas foram:

  • Take-profit.org;
  • Google Maps; 
  • Census.gov;
  • Worldometer.info;
  • OECD.org (pesquisa TALIS de 2018) 

Sobre a Preply

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem que conecta milhões de professores nativos a alunos de todo o mundo. A empresa fundada em Kiev, na Ucrânia, e que conta com escritórios em Barcelona, Espanha, já alcançou mais de 140 mil professores que ensinam 50 idiomas em 203 países ao redor do planeta.

A solução proporciona uma relevante e eficiente experiência de aprendizado a preços justos. Mensalmente, a Preply realiza pesquisas nas áreas de educação, mercado, estilo de vida e outros temas relevantes para o mundo globalizado.

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