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Presidente da Ucrânia pede ao Irão justiça e indemnizações por abate de avião

O Presidente da Ucrânia exigiu hoje a punição dos responsáveis pelo abate de um avião ucraniano com 176 pessoas a bordo e o pagamento de indemnizações por parte do Irão, que reconheceu ter abatido o aparelho por engano.

“A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste num pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irão que leve os culpados à justiça, devolva os corpos, pague uma indemnização e publique um pedido de desculpas oficial”, escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta do Twitter.

“A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos”, acrescentou.

Também o primeiro-ministro do Canadá, país de origem de dezenas dos passageiros mortos na queda do avião, exigiu hoje “transparência” na realização de um “inquérito completo e aprofundado” para apurar responsabilidades.

“A nossa prioridade continua a ser esclarecer este caso num espírito de transparência e justiça”, afirmou Justin Trudeau, em comunicado.

“Esta é uma tragédia nacional e todos os canadianos estão de luto. Vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros em todo o mundo para garantir a realização de um inquérito completo e aprofundado”, afirmou.

Trudeau acrescentou que “o Governo do Canadá espera a plena colaboração das autoridades iranianas”.

O Presidente do Irão afirmou hoje que o país “lamenta profundamente” ter abatido um avião civil ucraniano, sublinhando tratar-se de “uma grande tragédia e um erro imperdoável”.

“O inquérito interno das forças armadas concluiu que lamentavelmente mísseis lançados por engano provocaram a queda do avião ucraniano e a morte de 176 inocentes”, admitiu Hassan Rohani, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.

“As investigações continuam para identificar e levar à justiça” os responsáveis, acrescentou.

O Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines despenhou-se na quarta-feira nos arredores de Teerão, causando a morte de todas as 176 pessoas a bordo, na maioria iranianos e canadianos.

O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

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