Economia

Portugal é o país da zona euro que mais corta dívida pública até 2023

O FMI estima que Portugal consiga reduzir a dívida pública para perto de 105 por cento do PIB até 2023, uma redução superior a 20 pontos percentuais e que é a mais forte da zona euro nos próximos seis anos.

No ‘Fiscal Monitor’, relatório com as previsões orçamentais do mundo, divulgado hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que Portugal consiga reduzir a dívida de 125,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 para 104,7 por cento em 2023.

Esta redução da dívida pública em 20,9 pontos percentuais do PIB é a mais forte entre os países da zona euro, segundo as previsões do Fundo, que são coordenadas pelo ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar (agora diretor do FMI).

No Programa de Estabilidade 2018-2022, entregue na sexta-feira à Assembleia da República, o Governo estima uma redução da dívida pública de 23,6 pontos percentuais do PIB mas em cinco anos, ou seja, um ano mais cedo do que prevê o FMI.

No documento, o executivo liderado por António Costa conta reduzir a dívida pública em 23,6 pontos percentuais do PIB, mas em cinco anos: para 122,2 por cento em 2018, para 118,4 por cento em 2019, para 114,9 por cento em 2020, para 107,3 por cento em 2021 e para 102 por cento em 2022.

Nas estimativas do FMI, e entre os 19 países da moeda única, Portugal é o que mais vai reduzir a dívida pública até 2023. Atrás ficam a Grécia, que tem um corte previsto de 16,8 pontos (de 181,9 por cento para 165,1 por cento do PIB), e a Itália, com uma diminuição estimada de 14,9 pontos percentuais (de 131,5 por cento em 2017 para 116,6 por cento em 2023).

No ano passado, Portugal era o terceiro país da zona euro com o maior nível de dívida pública, apenas atrás de Itália e da Grécia, mas mesmo com ritmos de redução superiores, vai permanecer neste lugar até 2023.

Nesse ano, segundo o FMI, serão estes os únicos três países da zona euro a apresentar níveis de dívida pública superiores a 100 por cento do PIB. Próximos deste valor ficam a Bélgica (com 93 por cento), Espanha (90,9 por cento) e França (com 89 por cento).

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