Depois de inúmeras discussões, Shehada Issa, de 69 anos, decidiu pôr termo à vida do filho, Amir, um jovem gay. O pai nunca aceitara a orientação sexual do filho. À porta de casa, em Los Angeles, nos EUA, cometeu um crime hediondo e acabou detido pela polícia. A mãe de Amir também foi encontrada morta, por circunstâncias que estão por apurar.

Foi o derradeiro capítulo de uma história de intensas discussões, que começaram no dia em que Shehada descobriu que o filho era homossexual. De acordo com relatos dos vizinhos, diversos momentos de tensão foram vividos dentro de portas, naquela casa de Los Angeles.

A orientação sexual de Amir nunca foi aceite pelo pai. Shehada Issa, de 69 anos, rejeitava o filho, apenas porque este era gay. E esta relação tensa acabou de forma fria, com um tiro disparado à porta de casa. Uma única bala pôs termo à vida do jovem Amir.

O procurador responsável pelo caso confirma à agência Reuters que na origem do crime estava a orientação sexual da vítima, que estabeleceu, ao longo dos anos, amizades com outros homossexuais.

O pai – que terá ficado incomodado ao saber que o filho mantinha uma relação homossexual – acabou por ser detido pelas autoridades locais.

Além dos relatos dos vizinhos, a polícia de Los Angeles irá utilizar, nas investigações, diversos desabafos feitos pelo próprio Amir, nas redes sociais.

O jovem terá escrito pedidos de ajuda, falando em “escravidão humana”, numa alusão ao pai, que o trataria mal. No Facebook, Amir tinha libertado alguns desabafos, que contam a sua história, nos últimos anos.

Outro crime está a ser investigado e poderá ter relação com este tiro fatal disparado por um pai a um filho. Também a mãe de Amir foi encontrada morta, sendo Shehada Issa o principal suspeito.

O homem rejeita a autoria do crime (a mulher foi encontrada morta numa casa de banho da casa de família). E de acordo com o Daily Mail, Shehada Issa terá dito que só se armou e matou o filho depois de ter encontrado a mulher morta.

O pai terá alegado ainda que foi ameaçado pelo filho, com uma faca. E que só por isso disparou. Esta teoria, no entanto, tem pouca força, uma vez que “não foi encontrada qualquer faca no local”, de acordo com o detetive John Doerbecker

Shehada Issa está em prisão preventiva, será agora julgado e enfrenta um quadro de prisão perpétua.