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“Os desaparecidos são pessoas normais e têm segredos, uns mais cabeludos que outros”

A Polícia Judiciária tem vindo a investigar o desaparecimento de um homem em Alcorochel, na zona de Torres Novas, nos últimos dias de 2022.

O homem, de 48 anos, deixou a casa da família e não mais foi contactado pelos familiares, sendo que a esposa já prestou declarações no Tribunal de Torres Novas, enquanto que a PJ continua no terreno.

Carlos Anjos, presidente da Comissão de Proteção às vítimas de crimes, diz que nos casos em que uma pessoa maior de idade desaparece cabe às autoridades tentar perceber a vida do cidadão desaparecido, até porque são “pessoas normais” e, por isso têm “segredos”, sendo que uns desses segredos são “mais cabeludos que outros”.

“Antes de se conhecer a vida do desaparecido, dificilmente se consegue dar uma resposta”

Por isso, a investigação leva o seu tempo e as polícias não conseguem dar respostas no imediato, pois precisam de compreender o contexto e as rotinas das pessoas desaparecidas para estabelecerem eventuais possibilidades.

Assim, Carlos Anjos entende que em algumas das vezes a investigação acaba por revelar que alguns desaparecidos tinham “vidas paralelas”. “E isso demora a perceber”, defende o antigo inspetor da Polícia Judiciária, em declarações no Correio da Manhã.

Carlos Anjos referiu ainda que só depois de a polícia conseguir estabelecer rotinas, contextos e perceber um pouco mais sobre a vida do desaparecido é que consegue estar mais próxima de resolver o caso.

“Antes de se conhecer a vida do desaparecido, dificilmente se consegue dar uma resposta”, concluiu Carlos Anjos.

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