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O motim a brincar gerou críticas à PSP de Portalegre a sério

motim em portalegre

Foto: CM Portalegre.

 

No Dia da Criança, a PSP e a Câmara de Montalegre brincaram com coisas sérias. As fotos de crianças a simularem um motim, atirando ‘pedras de papel’, e a carga policial de resposta tornaram-se na polémica do momento nas redes sociais.

Consegue imaginar um grupo de crianças a atirar pedras (feitas de papel) à PSP, sendo que o corpo de intervenção (equipado com escudos e capacetes) era também formado por crianças?

Em Portalegre, alguém conseguiu imaginar isso, levando a Câmara e a PSP a organizarem um motim a brincar no Dia da Criança, em algumas escolas do concelho.

O objetivo era demonstrar algumas técnicas e meios utilizados no combate à criminalidade, mas falhou redondamente assim que a autarquia começou a disponibilizar as fotografias do evento nos canais institucionais.

As imagens não tardaram a chegar às redes sociais, causando estupefacção e irritação junto da comunidade.

Antes da Câmara apagar as fotografias mais polémicas, os comentários dispararam. Alguns questionavam “Qual é o objetivo da Polícia de Segurança Pública?” e outros ironizavam com o “Treino para os arruaceiros e brutamontes do futuro”.

Uma das internautas fez uma das questões que mais vezes foram partilhadas: “Como mãe pergunto: quem autorizou as crianças a entrarem numa brincadeira destas?”

“Que vergonha é esta?!! Estão a educar as crianças para um estado policial??? A ensiná-las que o direito à manifestação deve ser combatido? Que nojo de gente!!! Vocês representam um município e uma corporação de polícia e não têm juízo nem decência”, criticou outra internauta.

A maioria dos comentários foram escritos por mulheres, mas também houve muitos homens a criticar a iniciativa, como um que afirmou: “Como pai acho isto inaceitável e nojento”.

A iniciativa da Câmara também envolveu eventos com outras instituições e entidades, como os bombeiros, mas foi o motim a brincar que gerou uma polémica a sério, levando mesmo a autarquia a apagar as imagens e a remeter-se ao silêncio.

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