Economia

Novo resgate a Portugal? A ameaça está no rating da DBRS

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O rating que a DBRS atribuir a Portugal poderá obrigar o país a pedir um novo resgate. A ameaça velada foi impressa pelo The Wall Street Journal (WSJ), que antecipa um cenário com uma subida dos juros a pagar pela dívida nacional até aos oito por cento.

O WSJ até abre o artigo com uma expressão que na aeronáutica causa imediata preocupação: “Lisbon, we have a problem”.

Um “problema” que está, de acordo com o conceituado jornal económico, na avaliação que a agência canadiana DBRS fizer quanto à dívida soberana portuguesa, no rating a ser publicado em abril.

Se a indicação cair de ‘investir’ para a categoria de ‘lixo’, como a maioria dos analistas tem antecipado, “quase de certeza que haveria um novo salto nas taxas de juro, em direção aos oito por cento que forçaram Portugal a pedir um resgate financeiro em 2011”, recordou William Watts, que assinou o artigo do WSJ.

No caso do corte do rating, será o Banco Central Europeu (BCE) a provocar a subida dos juros ao impedir Portugal de aceder ao programa de compra de ativos.

“Pensamos que o BCE vai provavemente excluir Portugal do seu programa de ‘quantative easing’ se a DBRS cortar o rating no próximo mês. Isto resultaria, quase de certeza, numa nova subida das yields das obrigações, talvez até a caminho dos níveis de cerca de oito por cento que forçaram Portugal a entrar num resgate em 2011”, reforçou Jennifer McKeown, economista sénior para a Europa da consultora britânica Capital Economics, numa análise publicada na terça-feira e citada por William Watts.

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