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Novo livro de Sócrates envolvido em polémica

O novo livro de José Sócrates conheceu a luz do dia há poucas semanas mas já está envolvido em polémica. Apresentado como sendo do antigo primeiro-ministro, a autoria do mesmo poderá, afinal, não ser de José Sócrates.

O jornal i avança, esta segunda-feira, num artigo de investigação assinado pelas jornalistas Felícia Cabrita e Joana Marques Alves que o novo livro “terá sido escrito, no todo ou em parte, pelo seu amigo [de José Sócrates] e professor de Direito Domingos Farinho”.

Ainda segundo este jornal, este facto terá ocorrido desta vez, “tal como já sucedera, segundo o Ministério Público (MP), com a primeira obra saída com a assinatura do ex-primeiro-ministro, ‘A Confiança no Mundo – Sobre a Tortura em Democracia’ (editora Babel), lançado há quatro anos – segundo se pode deduzir dos autos da Operação Marquês, em que o antigo líder socialista é acusado de corrupção passiva, branqueamento de capitais e evasão fiscal”.

Novo livro de Sócrates não terá sido escrito por ele

Quanto à publicação ‘A Confiança do Mundo’, que teve prefácio do antigo presidente brasileiro Inácio Lula da Silva, diz o i que “fora escrito em parte substancial por Domingos Farinho, professor na Faculdade de Direito de Lisboa, conforme concluíram os investigadores da Operação Marquês, que também apuraram que o académico recebia, para o efeito, uma avença mensal de quatro mil euros, paga por uma empresa da esfera de Carlos Santos Silva, a RMF Consulting (controlada por um colaborador seu, Rui Mão de Ferro)”.

O novo livro de Sócrates tem como título “O Mal que Deploramos — Os Drones, o Terror e os Assassinatos-Alvo”.

Esta é a terceira obra lançada pelo antigo primeiro-ministro, depois de ter publicado a sua tese de mestrado no livro “A Confiança no Mundo — Sobre a tortura em Democracia” e do ensaio “O Dom Profano — Considerações sobre o carisma”.

A alegada compra por parte de Carlos Santos Silva de um número elevado de exemplares dos livros de Sócrates também tem sido alvo de investigação por parte do MP e tem dado muita discussão na opinião pública.

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