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“Ninguém vai a uma tourada para ver um touro sofrer”, diz Silva Pereira

Pedro Silva Pereira afirmou que “ninguém vai a uma tourada para ver um touro sofrer”, sendo de imediato ‘corrigido’ por Fernando Rosas: “Baseia-se em esfaquear o animal até ele morrer”.

Em causa estava a decisão de Graça Fonseca, a ministra da Cultura, em manter a taxa de IVA dos espectáculos tauromáquicos nos 13 por cento, tema que abriu o programa ‘Prova dos 9’, na TVI24.

Sem assumir uma posição clara, Pedro Silva Pereira sustentou que o debate não é sobre “o gosto”, mas sobre “o valor de bem estar animal, que integra as questões civilizacionais”.

“Ninguém vai a uma tourada para ver um touro sofrer”, afirmou então o socialista.

“É verdade que implica algum sofrimento, mas não é o centro do espectáculo”, complementou Pedro Silva Pereira, antes de assumir que defende a descida do IVA.

A posição do socialista foi logo ‘corrigida’ por Fernando Rosas.

A tourada “baseia-se em esfaquear o animal até ele morrer”, lembrou o ex-deputado do Bloco de Esquerda.

O historiador também já tinha contestado a posição de Nuno Magalhães, que se apoiou no ‘chavão’ do CDS sobre “a ditadura do gosto” da ministra da Cultura.

“É um espectáculo cultural”, frisou Nuno Magalhães: “Mais do sul do que do centro e do norte, mas é cultura portuguesa”.

Assim que pôde falar, Fernando Rosas rebateu as declarações do deputado do CDS.

“Não significa uma questão de gosto, mas de padrão civilizacional”, explicou.

Para desmontar a tese do CDS, Fernando Rosas lembrou que “a mutilação genital feminina também é uma tradição em alguns países”.

“Torturar um animal até à morte para gáudio dos espectadores não me parece ser uma tradição respeitável. A ministra pretendeu dar um sinal de desconforto perante essa tradição”, concluiu.

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